A secretaria Municipal de Saúde de São Paulo já registrou a morte de três pessoas que podem ter sido por reação à vacina contra febre amarela na capital paulista. Ao todo, seis óbitos foram notificados tendo a causa relacionada aos efeitos da vacina, porém um deles foi descartado e outros três ainda continuam sob investigação.
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De acordo com as informações, os casos registrados de morte teriam ocorrido por alguma deficiência imunológica que não foi detectada durante a triagem antes da vacina contra febre amarela ser aplicada.
As reações podem ser adversas e acometer pessoas recém-vacinadas. Dores no corpo, de cabeça e febre são alguns dos efeitos colaterais, que pode afetar entre 2% e 5% dos vacinados nos primeiros dias depois da imunização, e podem durar entre 5 e 10 dias.
A secretaria afirma que mortes são raras, e pode ocorrer um caso em cada 500 mil vacinados.
Uma da mortes aconteceu no último dia 16, e se trata da professora aposentada Mônica Welkers, 76 anos, de Ibiúna, na Grande São Paulo. Ela faleceu oito dias após receber a imunização e precisou ir à capital para tratar da reação vacinal.
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Vacina
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A vacina é segura?
Sim. Ela estimula a produção de uma reposta imune que constitui a defesa necessária contra a febre amarela com detecção de anticorpos neutralizantes em 90% dos vacinados já no 10º dia e em mais de 99% após 4 semanas da vacinação.
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Quem deve se vacinar?
O Ministério da Saúde recomenda a vacinação em residentes da Área com Recomendação de Vacina e em viajantes que se deslocam para essas áreas, com pelo menos, 10 dias de antecedência em relação à data da viagem.
Receberão a vacina crianças a partir de 9 meses de idade até adultos com 59 anos de idade. Pessoas com 60 anos de idade ou mais só devem receber a dose se residirem ou forem se deslocar para áreas com transmissão ativa de febre amarela.
Pessoas deste grupo etário deverão ser avaliadas antes da realização da vacinação. Gestantes (em qualquer idade gestacional) e mulheres amamentando só devem ser vacinadas se residirem em local próximo ao que ocorreu a confirmação de circulação do vírus (presença da doença em animais, em humanos e presença de vetores na área afetada).
Mulheres que estiverem amamentando, caso tenham que ser vacinadas, recomenda-se suspender o aleitamento materno por 10 dias após a vacinação, nos casos de lactentes menores de 6 meses de idade. A idade mínima para vacinação fica sendo a de 9 meses de idade.
“Enfatizamos que, de acordo com as novas recomendações, as pessoas que já receberam uma dose da vacina anteriormente são consideradas vacinadas, não havendo necessidade de novas doses”, informa a SBD-A.
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Quem não pode se vacinar?
Pessoas com histórico de reação anafilática - reação alérgica grave e imediata -, relacionada a substâncias presentes na vacina, como ovo de galinha e seus derivados, gelatina bovina, etc.
Bebês com idade abaixo de 6 meses
Pessoas com doenças que comprometam a imunidade, como infecção por HIV sintomática, disfunções do timo associadas com função imune alterada, Imunodeficiências primárias, câncer, pacientes em terapêutica imunodepressora: quimioterapia, radioterapia, corticóide em doses elevadas.
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