Durante o experimento, que durou cerca de um mês, os pacientes usaram esketamina, parte da molécula de ketamina
Reprodução/The Guardian
Durante o experimento, que durou cerca de um mês, os pacientes usaram esketamina, parte da molécula de ketamina

Estudiosos do Departamento de Pesquisa de Janssen e da Escola de Medicina Yale, nos Estados Unidos, descobriram recentemente que a ketamina – droga comumente usada como um spray anestésico nasal – pode tratar pacientes com pensamentos suicidas e aliviar os sintomas da depressão durante um curto período de tempo.

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O experimento, realizado pela equipe colaborativa, analisou o caso de 68 pessoas, que evidenciaram quadros de melhora significativa após 24 horas. Durante o experimento, que durou cerca de um mês, os pacientes usaram esketamina, parte da molécula de ketamina , duas vezes por semana.

Os cientistas envolvidos na pesquisa relataram que metade dos pacientes foi tratada com placebo, enquanto a outra, com esketamina. Eles explicaram ainda que a segunda metade teve uma melhora maior que a outra e apresentaram uma diminuição intensa nos sintomas.

De acordo com o relatório, publicado no American Journal of Psychiatry , os resultados mostraram que o medicamento tem benefícios de rápida ação para os sintomas depressivos e poderia "preencher a lacuna" com os antidepressivos, que podem levar mais de dois meses para fazer efeito.

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No entanto, também alertaram para a necessidade de mais análises que definirão o potencial e os riscos eminentes da substância em excesso, já que foi muito utilizada em cavalos para o controle da dor, e também como droga recreativa, levando muitas pessoas à paralisia transitória.

Mais usos para a ketamina

A possibilidade da ketamina ser usada para casos de alcoolismo também está sendo avaliada. Segundo psicólogos da Universidade de Londres, a substância pode gerar uma espécie de “esquecimento” em relação ao vício, o que ajuda no controle da ingestão.

Ao The Guardian , o pesquisador Ravi Das afirmou que há evidências da utilidade do uso da droga em quadros de alcoolismo, uma vez que ela interrompe a formação de memórias, e oferece mecanismos para que possam se livrar dos "gatilhos" que os levam a beber novamente.

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“Certas memórias podem ser ‘sequestradas’ por drogas em algumas pessoas. Em um alcoólatra, por exemplo, há diversos tipos de lembranças, que estão muito associadas a objetos e ambientes, e elas são facilmente acionadas por coisas que a pessoa não pode evitar. Estamos realizando mais estudos para quem sabe futuramente, implantarmos tratamentos monitorados com ketamina nos hospitais”, concluiu.

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