O avanço global da peste suína africana preocupa o ministro da Agricultura, Blairo Maggi. Antes de embarcar nesta quarta-feira (19) para a Argentina, onde participará, em Buenos Aires, da 36ª Reunião Ordinária do Conselho Agropecuário do Sul e de reuniões bilaterais, ele afirmou que o governo toma todas as providências para evitar o risco da entrada da doença no território brasileiro.
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A pasta já havia divulgado uma nota, na qual admitia a preocupação com alimentos e bagagens contaminadas, provenientes das áreas afetadas pela peste suína africana, que possam entrar no Brasil sem a devida fiscalização.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, Maggi disse que o Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) e o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) estão orientados a intensificar as vistorias de ingresso de alimentos por meio de navios e aviões, assim como de partes de suínos e dos animais inteiros.
No comunicado divulgado anteriormente, a pasta ressaltava que “a determinação é de que alimentos vindos dos países onde foram detectados focos da doença sejam incinerados”.
Tanto a peste suína clássica, como o tipo africano já foram identificadas neste ano em regiões na China, Rússia, Leste Europeu, Japão e também em parte da África.
Na China, país que detêm pelo menos metade da produção suína do mundo, já foram registrados mais de uma dúzia de casos desde o início de agosto. Em consequência da situação, foram abatidos mais de 40 mil animais.
No vídeo, Blairo Maggi pede: "Gostaria de pedir a você, produtor, que está viajando para o exterior ou que tem parentes que viajem ao exterior, que tome o máximo cuidado de não trazer comida neste momento".
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Entenda o que é a peste suína
A peste suína clássica, conhecida como cólera dos porcos ou febre suína, foi erradicada no Brasil em 1984, e o país foi declarado área livre da doença.
A p este suína africana é uma doença viral, não oferece risco à saúde humana, não sendo transmitida ao homem, mas pode dizimar plantéis de suínos, sendo altamente infecciosa, o que exige o sacrifício dos animais, conforme determina a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
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Os javalis também são atingidos. Não existe vacina para a peste suína africana. O vírus é resistente, permanecendo nas fezes dos animais por até três meses e, em alimentos (produtos maturados), até nove meses.
*Com informações da Agência Brasil