A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES) confirmou, na manhã desta quarta-feira (26), dois casos de malária no estado. O missionário Robson Carlos Natanael, de 33 anos, que morreu após ser internado em um hospital em Valença, no sul do estado e um outro homem, que se encontra na Fundação Oswaldo Cruz, em quadro estável. Além deles, outras três pessoas tem casos suspeita da doença.
Leia também: Casos de malária aumentam e OMS alerta sobre perigos da doença
O grupo de missionários ficou exposto ao vírus da malária
durante uma viagem para Moçambique. Eles voltaram ao Brasil dia 23 de dezembro, quando começaram a apresentar os sintomas da doença.
Ainda segundo a SES, os três casos suspeitos que estão sendo investigados não aparentam ser graves. “A gente ainda não tem maiores detalhes da citopatologia do quadro clínico desses três ainda. Mas a princípio se trata de casos suspeito de malária, tanto por conta dos sintomas apresentados como pelo vínculo epidemiológico, por terem visitado a área no mesmo momento da infecção dos outros dois casos confirmados", disse o infectologista Alexandre Chieppe, assessor da secretaria.
Leia também: Achado promete acelerar produção de substância de drogas contra malária
O médico ainda tranquilizou a população carioca. "Não há porque haver preocupação, primeiro porque não é uma doença que se transmite de pessoa a pessoa e segundo porque a gente não tem circulação dos tipos de protozoário que causam a malária de maior gravidade”
O missionário Robson Natanael, que não resistiu aos sintomas da doença após ser internado Hospital Escola de Valença no último dia 24 deixou um filho e a esposa grávida. Ele participava de uma missão pela Agência Impactadora Radical (AGIR), que lamentou sua morte. "Sentimos muito pela perda do irmão Robinho, oramos ao Senhor pedindo consolo à sua família, principalmente à sua esposa que se encontra gestante", disse a nota oficial da AGIR.
O que é malária?
De acordo com o Ministério da Saúde , a malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles. A cura é possível se o quadro for tratado em tempo oportuno e de forma adequada, podendo evoluir para forma grave e para óbito.
Leia também: Como telas na janela ajudaram EUA vencer malária
Os sintomas da malária incluem febre, dor de cabeça ou no corpo, náuseas, calafrios e muito suor. O tratamento depende de fatores como a espécie do protozoário infectante; a idade do paciente; condições associadas, como gravidez; e outros problemas de saúde; além da gravidade da doença.