O presidente Jair Bolsonaro elogiou hoje (14), em sua conta no Twitter, o trabalho do Ministério da Saúde no preenchimento das vagas do Mais Médicos. A pasta conseguiu cobrir a lacuna de atendimento em saúde aberta há quase dois meses, quando o governo cubano suspendeu a participação no programa brasileiro.
Leia também: Brasileiros preencheram todas as vagas do Mais Médicos, diz Ministério da Saúde
“De forma irresponsável, Cuba suspendeu sua participação [no Mais Médicos
] subitamente, colocando em xeque o caráter humanitário do acordo feito com o PT. Oferecemos asilo aos que cidadãos queriam ficar em nosso país. A esquerda mesmo assim poupou a ditadura e colocou na conta do novo Governo”, disse o presidente.
Bolsonaro disse que a equipe comandada pelo ministro Luiz Henrique Mandetta agiu rapidamente e conseguiu concluir o processo com o registro de brasileiros formados no exterior que declararam interesse em atuar no Mais Médicos.
“Eles receberão seus salários de forma integral e terão a liberdade necessária para uma vida digna. A resposta para quem torce contra o Brasil é o trabalho. Vamos em frente”, afirmou Bolsonaro .
O presidente ainda criticou a reação de Cuba em relação às declarações feitas por ele a respeito das condições impostas aos profissionais de saúde cubanos que atuavam no país e alertou que milhões de pessoas poderiam ter ficado sem atendimento. “Meses atrás exigimos que a ditadura cubana revisse as regras impostas aos profissionais cubanos participantes do Mais Médicos, que recebiam apenas uma pequena parte de seus salários e não tinham liberdade para ver seus familiares", escreveu Bolsonaro.
Vagas do Mais Médicos foram preenchidas
Todas as vagas que se abriram no Programa Mais Médicos após a saída dos profissionais cubanos do País já foram ocupadas por profissionais brasileiros. A informação é do Ministério da Saúde, em comunicado oficial divulgado na manhã desta quarta-feira (13).
Leia também: Cubanos que deixaram Brasil após ruptura com Mais Médicos podem ir para o México
" Todas as 8.517 vagas do atual edital do programa Mais Médicos , que ficaram abertas após o fim da cooperação com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), foram preenchidas por profissionais brasileiros. Nesta quarta-feira (13) os brasileiros formados no exterior, que tiveram as inscrições validadas, selecionaram as 1.397 vagas que ainda estavam abertas no programa", diz o documento.
Agora, o governo publicará as vagas remanescentes em 667 localidades. A lista será divulgada ainda hoje, de acordo com o ministério. Até às 18h de quinta-feira (14), os profissionais poderam selecionar as cidades em que querem trabalhar.
"Após esta etapa, o Ministério da Saúde irá divulgar, em 19 de fevereiro, a lista completa dos profissionais alocados em cada localidade. Todos os profissionais alocados nesta etapa, que não tiverem o Registro do Ministério da Saúde (RMS), realizarão um módulo de acolhimento, onde terão aulas e passarão por avaliação da coordenação nacional do programa."
A expectativa do governo é que os médicos brasileiros aceitem as condições e se desloquem para as cidades. De acordo com o Ministério da Saúde "não deve haver chamada para profissionais de outros países para este edital de reposição." No entanto, ainda existe a possibilidade dos profissionais não se interessarem por algumas das vagas, o que reabriria o processo seletivo do Mais Médicos . Eles terão até o dia 22 para se apresentarem.