Dúvidas sobre vacinas se espalharam nas redes sociais como uma doença, e informações falsas de que elas "matam pessoas" deveriam ser retiradas pelas empresas que operam plataformas digitais, disse o chefe da aliança global de vacinas Gavi nessa terça-feira (21).
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Falando em um evento patrocinado pelos Estados Unidos por ocasião da assembleia anual da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Genebra, o diretor executivo da Gavi, Seth Berkley, lembrou que há forte consenso científico a respeito da segurança das vacinas .
Para ele, as redes sociais privilegiam conteúdo sensacionalista em vez de fatos científicos , convencendo rapidamente pessoas que nunca viram familiares morrerem de doenças evitáveis.
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"Temos que pensar nisso como uma doença. Isso é uma doença", disse Berkley. "Isso se espalha na velocidade da luz, literalmente".
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A OMS diz que a imunização insuficiente está causando surtos de sarampo globais, cujos números estão atingindo picos em países que estavam quase livres da doença, incluindo os Estados Unidos.
A desinformação sobre vacinas , que a OMS diz salvarem 2 milhões de vidas por ano, não é uma questão de liberdade de expressão, e as empresas de redes sociais precisam tirá-la da internet, disse Berkley. "Lembro que isso mata pessoas".