Em agosto de 2018, Gibson Miller, de Nova York, nos Estados Unidos, notou um pequeno ponto rosado logo abaixo do seu olho esquerdo. Na época, a professora achou que se tratava de uma espinha e não deu muita importância. No entanto, meses depois, ela percebeu que o sinal continuava lá e resolveu procurar ajuda médica – e foi quando descobriu o câncer de pele.

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À esquerda, ponto rosado antes da biópsia do câncer de pele; à direita, ela quase um mês após procedimentos cirúrgicos
Reprodução/Facebook/Gibson Miller/Today
À esquerda, ponto rosado antes da biópsia do câncer de pele; à direita, ela quase um mês após procedimentos cirúrgicos

Já em abril de 2019, Gibson finalmente decidiu consultar um dermatologista, que pediu uma biópsia. Uma semana após o exame, ela foi diagnosticada com carcinoma basocelular, a forma mais comum do câncer de pele . Diante disso, precisou passar por duas cirurgias, sendo uma para remover o câncer e outra para reconstruir a área do rosto afetada.

A principal causa da doença é a exposição excessiva ao sol. No caso da professora, ela praticava esportes ao ar livre, principalmente tênis, e raramente se protegia. “Nunca gostei de óculos escuros. Eu carregava na bolsa, mas nunca usava”, diz ao Daily Mail . “O protetor solar também ficava lá, mas eu usava esporadicamente”, completa. 

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De acordo com informações do Instituto Nacional de Câncer, o carcinoma basocelular é caracterizado por uma lesão, que pode ser uma ferida ou nódulo, com evolução lenta. Ele ocorre, geralmente, nas áreas do corpo que ficam mais expostas ao sol, como é o caso das orelhas, do pescoço e do rosto. 

Cirurgias para remover o câncer de pele

No dia 20 de junho, Gibson passou pela cirurgia micrográfica de Mohs. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, o procedimento retira o câncer de pele, camada por camada, até a completa remoção do tumor. Já no dia seguinte, ela fez um procedimento reconstrutivo na região afetada pela doença. 

Para o cirurgião James Chelnis, especialista em cirurgia plástica ocular, que realizou o segundo procedimento na professora, a razão pela qual vemos uma taxa alta de câncer de pele ao redor dos olhos é que é difícil fazer a proteção do local. “Não cobrimos com roupa e, muita vezes, esquecemos o protetor solar , o que deixa em exposição constante e é um problema”, aponta.

Para se ter uma ideia, de acordo com a Skin Cancer Foundation, mais de quatro milhões de casos de carcinoma basocelular são diagnosticados por ano nos Estados Unidos, com cerca de duas mil mortes. Em relação ao melanoma, que é o tipo mais grave de câncer de pele, a  American Cancer Society estima mais de sete mil óbitos em 2019. 

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Agora, a nova-iorquina está em processo de cicatrização e diz que a experiência com o câncer de pele a deixou muito mais atenta sobre como proteger sua pele. Para isso, ela usa óculos de sol ou chapéu quando vai sair ao ar livre e aplica protetor solar em todo o rosto e em qualquer outra parte que possa ficar exposta. “Usá-lo é responsável”, destaca.

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