Embora sejam muito comuns durante o inverno e nas épocas mais secas do ano, as crises de tosse podem significar mais do que um simples resfriado. No caso da tradutora canadense Magdalena Bujalski, de 22 anos, elas eram o sinal de um câncer avançado, que já havia inclusive se espalhado para seus pulmões.
Leia também: Por que um diagnóstico precoce é importante no combate ao câncer
Antes do diagnóstico do câncer avançado , nem mesmo sua médica suspeitava que as tosses (que vinham acompanhadas de outros sintomas, como inchaços e dormência nos braços) pudessem ser causadas por uma bronquite ou alguma infecção respiratória.
Após observar que seus exames iniciais, foi constatada uma massa no pulmão direito e um aumento no nível de glóbulos brancos no sangue. Diante disso, a médica tomou precauções para tratar a canadense de uma bronquite, que seria a possível causa das crises de tosse .
"A médica achou que fosse alguma infecção nos pulmões, então receitou alguns antibióticos", contou à agência de notícias britânica MDWfeatures, em matéria publicada pelo tabloide Daily Mail , do Reino Unido.
Numa consulta posterior, na qual ela aparentava estar se recuperando dos problemas, a médica solicitou um segundo raio-x.
Por sorte, foi esse novo exame o responsável por revelar uma massa anormal no pulmão direito. Em seguida, ela teve de fazer uma tomografia e uma biópsia, a qual confirmou que a paciente tinha um linfoma não Hodgkin . Esse tipo de linfoma costuma estar ligado à exposição a produtos químicos como pesticidas, solventes e fertilizantes.
"Eu fiquei chocada, porque sempre fui saudável e trabalhava duro para cuidar da minha saúde", confessou Magdalena, que disse praticar exercícios com frequência e se alimentar corretamente. "Tudo parecia um pesadelo", completou sobre a situação.
Leia também: Comer insetos pode te ajudar a evitar o câncer, diz estudo
A vida após o diagnóstico do câncer avançado
Logo após o diagnóstico oficial, ela já foi encaminhada para a quimioterapia, dividida em seis ciclos, separados por intervalos de três semanas.
"Estou me sentindo bem, e alguns dias me surpreendo com o quão normal me sinto", declarou a tradutora. Apesar disso, a trajetória na luta contra o câncer avançado tem causado um desgaste físico muito grande para ela.
"Tem sido difícil, principalmente para o meu corpo, porque ele passou por muitas sessões de quimioterapia e está com muitos medicamentos em circulação", explicou.
Para combater o desgaste trazido pelo tratamento, a tradutora se voltou às redes sociais, que estão "servindo como uma válvula de escape e algo no qual me focar enquanto não posso voltar a trabalhar".
No seu canal do YouTube e no seu Instagram, ela se dedica a conscientizar seus seguidores a respeito do tipo de câncer do qual sofre, algo que se tornou como uma missão para ela.
Leia também: Diminuir obesidade e sobrepeso pode evitar 15 mil casos de câncer no Brasil
"Eu quero que outros pacientes saibam que não estão sozinhos nessa batalha. E se assistir aos meus vídeos vai ajudá-los a entender o que está pela frente, então eu me dedicaria a compartilhar toda a minha jornada com eles", concluiu a tradutora, que continua firme na sua luta contra o câncer avançado .