Gugu Liberato morreu na sexta-feira (22) em Orlando, nos Estados Unidos, dias depois de cair de uma altura de quatro metros e bater a cabeça em uma escada de ferro em sua casa. Na ocasião, o apresentador passou por uma tomografia que constatou uma fratura na têmpora direita e grau 3 na Escala de Glasgow.
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Ao Jornal Nacional, o neurocirurgião brasileiro Guilherme Lepski disse que Gugu Liberato ainda respirava quando chegou ao hospital Orlando Medical Health Center após o acidente da última quarta-feira (20). No entanto, a atividade encefálica foi se deteriorando rapidamente e logo foi constatado morte cerebral.
Segundo informações da Universidade Federal de Juiz de Fora, a Escala de Glasgow tem como objetivo traçar uma estratégia que combina os principais indicadores-chave de gravidade no traumatismo crânio-encefálico (TCE). Ela é composta por três variáveis: abertura ocular, resposta verbal e resposta motora. Ou seja, mede o nível de consciência após uma lesão cerebral.
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As pontuações vão de 3 a 15, sendo que 3 representa o máximo de gravidade do traumatismo craniano. Ainda de acordo com a universidade, a escala serve para auxiliar na decisão de procedimentos específicos. Depois do acidente, a equipe médica de Gugu optou por não realizar nenhuma cirurgia, pois a hemorragia era muito grande.
Vale observar que a escala com grau 3 não significa morte cerebral . Por outro lado, é raro que o paciente com a lesão dessa gravidade volta à consciência. No entanto, se a pessoa ficar de seis a hora horas sem atividade encefálica, sem atividade elétrica no cérebro e exames mostrarem que não há mais circulação de sangue na região, confirma-se a morte cerebral, que é irreversível.
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Assim que a morte encefálica foi confirmada, a família decidiu atender ao pedido do apresentador de doar todos os seus órgãos. Com isso, até 50 pessoas podem ser beneficiadas. A doação inclui, além dos órgãos internos, tecidos como córnea, pele e ossos. A equipe médica do hospital em que Gugu foi socorrido afirmou que a atitude dele é louvável.