Silenciosa, a osteoporose, doença que causa o enfraquecimento dos ossos ao longo dos anos, tem um impacto negativo sobre a saúde de milhões de pessoas ao redor de todo o mundo. As fraturas relacionadas a esse mal prejudicar muito a qualidade de vida do paciente e até levar à morte.
Leia também: Veja como evitar e tratar problemas na coluna causados por malas e bolsas pesadas
Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, a doença é responsável por 8,9 milhões de fraturas anualmente em todo o globo, afetando 1 em cada 3 mulheres e 1 em cada 5 homens com mais de 50 anos.
Apesar dos números sejam alarmantes, a osteoporose não é um problema impossível de ser tratado. Tudo começa com um diagnóstico preciso.
Como é feito o diagnóstico de osteoporose
“O diagnóstico pode ser feito pela presença de fraturas depois de traumas mínimos ou mesmo sem trauma ou então pelo exame de densitometria óssea”, afirma Charlles Heldan de Moura Castro, professor adjunto de Reumatologia na Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo.
Mas como saber se você precisa de um exame de densitometria óssea, caso não tenha sofrido nenhuma fratura? Afinal, como lembra Márcio Schiefer, professor adjunto de medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a doença não dá sinais prévios como a artrose e outras doenças ósseas .
Por isso, é preciso ficar de olho nos grupos de risco, de acordo com Charlles. São eles:
Você viu?
- Mulheres com mais de 50 anos
- Homens com mais de 60 anos
- Pessoas com baixo peso corporal (abaixo dos 54 kg)
- Indivíduos com índice de massa corporal inferior a 19 kg/m2
- Pessoas com fraturas prévias
- Indivíduos com histórico familiar de fraturas no fêmur
- Fumantes
- Alcoólicos
- Pessoas com diabetes mellitus
- Pessoas com artrite reumatoide
Além destes sinais, é uma boa ficar atento aos índices de cálcio e vitamina D, mesmo que eles não sejam os únicos indicadores de uma propensão ao desenvolvimento da osteoporose.
Leia também: Gêmeas com doença dos ossos de vidro impressionam médicos: “Pequenos milagres”
Como é o tratamento da osteoporose
Com o problema diagnosticado, o próximo passo é começar o tratamento . No infográfico abaixo, você encontra algumas das medidas padrão adotadas para quem tem osteoporose, segundo Márcio e Charlles.
Outro aspecto fundamental para tratar a osteoporose, segundo Charlles, é o apoio familiar, desde incentivar uma dieta adequada ao tratamento até motivar a atividade física. “O engajamento de todos é fundamental”, reitera.
3 mitos sobre osteoporose nos quais você não deve acreditar
Dito isso, existem algumas noções sobre essa doença que acabam por prejudicar seu diagnóstico e tratamento adequados. Segundo o professor da Universidade Federal de São Paulo, estes são alguns mitos sobre osteoporose nos quais você não deve acreditar:
- Osteoporose só afeta idosos - embora seja mais raro, a osteoporose pode, sim, se manifestar em jovens. “Nestes, ela normalmente está relacionada a alguma doença que enfraquece os ossos”, lembra Charlles. Alguns exemplos são a artrite reumatoide, a anorexia nervosa, doenças inflamatórias intestinais, a doença celíaca etc.;
- As fraturas são simples de tratar, basta uma cirurgia ou engessar - “Infelizmente, as fraturas relacionadas à osteoporose causam morte, perda da independência e da qualidade de vida. Cerca de 20% dos pacientes que sofrem a fratura no fêmur morrerão dentro de 12 meses”, alerta Charlles. Fora isso, outros ⅓ deles passam a depender de terceiros para coisas como alimentação e higiene pessoal;
- Os suplementos de cálcio tratam a osteoporose sozinhos - embora seja muito importante para a saúde, o cálcio ou os suplementos dele por si só não são capazes de resolver o problema.
Leia também: Cientistas desenvolvem substância que pode reparar ossos fraturados
Portanto, mantenha sempre em mente que a osteoporose é um problema real que pode afetar a qualquer um e, inclusive, comprometer a vida de quem não procurar ajuda especializada para se tratar.