O governo de Minas Gerais incluiu o mês de novembro no leque de investigações de casos suspeitos de intoxicação por dietilenoglicol no estado, possivelmente causada pela ingestão da cerveja Belorizontina. Até o momento, apenas o mês de dezembro estava no radar das autoridades do estado. A revisão faz parte de novos protocolos clínicos divulgados por uma nota técnica da secretaria de Saúde mineira, divulgada pelo jornal "Estado de Minas".
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O comunicado também cita pela primeira vez a ingestão da Belorizontina , produzida pela cervejaria Backer , como a possível fonte da intoxicação. A nota, distribuída internamente pela subsecretaria de Vigilância em Saúde, fixa um novo protocolo clínico para o atendimento a pacientes que manifestem sintomas, como insuficiência renal aguda e alterações neurológicas.
Ainda de acordo com o "Estado de Minas", o documento define que o tratamento seja iniciado antes do diagnóstico laboratorial. A administração intravenosa de etanol é colocada como uma das principais maneiras de conter a intoxicação. Em casos extremos, o álcool poderá ser ingerido de forma oral.
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A nota técnica esclarece, ainda, que exames laboratoriais da Fundação Ezequiel Dias (Funed), órgão do governo mineiro, descartaram que os pacientes identificados até o momento tenham padecido de hepatites virais, arboviroses, infecções bacterianas e fúngicas sistêmicas, doenças neuroinvasivas, febres hemorrágicas, sarampo, HIV e doença de Chagas.