Diante do surto recente de pneumonia causada por uma nova cepa do coronavírus, que já conta pelo menos 25 vítimas fatais e três cidades em quarentena na China, é comum a preocupação a respeito dos sintomas de qualquer pneumonia ou até mesmo resfriado. É importante destacar, porém, que existem diferentes agentes causadores e muitas diferenças entre eles.
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A pneumonia é uma inflamação e infecção dos pulmões que pode ser causada por vírus, bactérias ou protozoários. De acordo com Elie Fiss, médico pneumologista do hospital Oswaldo Cruz, “o tipo mais frequente é causado pela bactéria pneumococo, responsável pela grande maioria dos casos”.
Já a doença de origem viral, na qual se inclui o mal causado pelo coronavírus, representa apenas 6% das ocorrências. A principal diferença entre os tipos da doença está na área afetada.
“Ela pode se desenvolver nos alvéolos ou nos brônquios, como acontece com as bacterianas. As virais atingem mais a região entre o alvéolo e o vaso sanguíneo, por onde passa o oxigênio e o gás carbônico, chamada de interstício”, explica Elie.
No caso da doença causada pela nova cepa do coronavírus , que corresponde ao último grupo descrito pelo profissional, os principais sintomas são tosse seca e febre.
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Como tratar a pneumonia?
Para o tratamento da pneumonia bacteriana , são receitados antibióticos que variam de acordo com o caso, tipo de bactéria e histórico de resistência do paciente. Já no caso da doença viral, o controle é feito com medicamentos antivirais, além de outras drogas que ajudem a controlar os sintomas.
É importante destacar, porém, o risco de confundir as causas da doença, uma vez que o tratamento de uma é ineficaz para outra.
Coronavírus não é sinônimo de pneumonia
O profissional de saúde ainda reforça que o coronavírus, por si só, não significa necessariamente uma doença grave . “Com a nova descoberta, existem 7 cepas do coronavírus , ou seja, subgrupos com um ancestral em comum. Desses, 4 causam apenas resfriados leves”, explica.
Os outros dois tipos de coronavírus, prossegue Elie, “foram responsáveis pelas infecções SARS e MERS, síndromes graves que causaram enormes danos principalmente nos Estados Unidos e no Oriente Médio, além do novo tipo, que pode ocasionar em casos mais simples ou mais severos”.
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Apesar do risco de disseminação da doença em qualquer país existir, sobretudo considerando viagens de avião e o rápido movimento migratório entre países, o pneumologista tranquiliza a população e diz que não há motivo para pânico ou mudança imediata na rotina, pelo menos no Brasil. “O país tem todas as condições para controlar qualquer quadro de infecção que chegue ao país”, diz.