RIO — A segunda quinzena de fevereiro mal começou e o Rio pode, em breve, ultrapassar o número de registros de sarampo visto no ano passado inteiro. Em 2019, a cidade confirmou 98 ocorrências da enfermidade. Nas primeiras sete semanas de 2020, foram 64. Um novo desafio está adiante — o carnaval. Especialistas temem que o contato entre foliões contribua para a disseminação do vírus.
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Segundo Roberto Medronho, professor titular de Epidemiologia da UFRJ, o vírus do sarampo pode ser transmitido por gotículas "no meio do bloco, na escola de samba".
— O período de maior transmissão do vírus é um pouco antes e um pouco depois da apresentação dos sintomas. Um indivíduo que se sente muito bem e está no período de incubação vai infectar várias pessoas, mesmo antes de adoecer — alerta.
O sarampo é conhecido pelo seu alto grau de contágio , cinco vezes maior do que o do coronavírus, já diagnosticado em mais de 60 mil pessoas, mas nenhuma no Brasil.