Autoridades da saúde do Equador confirmam o primeiro caso do coronavírus COVID-19 no país na manhã deste sábado (29), sendo este o quinto caso confirmado na América Latina. Segundo as informações, trata-se de uma mulher que esteve recentemente em Madrid (Espanha), e retornou ao Equador no dia 14 de fevereiro. Seu estado é crítico.
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O governo do Equador continua monitorando 80 pessoas que tiveram contato com a mulher contaminada. Nenhuma delas demonstra sintomas da doença. Pelo continente, além do caso brasileiro, há outros três contaminados no México.
Cientistas brasileiros avançam na pesquisa
Pesquisadores brasileiros e da Universidade de Oxford, Inglaterra, conseguiram fazer a sequência genética do primeiro caso de coronavírus confirmado em São Paulo. De acordo com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de S. Paulo (Fapesp), o trabalho foi realizado em apenas 48h. Geralmente, os cientistas levam 15 dias.
De acordo com uma das pesquisadoras brasileiras, quanto antes a sequência genética for desvendada, mais rápido será para entender qual a trajetória do vírus e da doença. Segundo a primeira análise, o genoma do coronavírus diagnosticado no Brasil apresenta três pontos no código genético diferente do vírus encontrado inicialmente em Wuhan, China, onde a doença surgiu.
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Prevenção
Após a confirmação do primeiro caso de COVID-19 no Brasil, a procura por máscaras higiênicas chegou a triplicar em alguns estados brasileiros, conforme publicado pelo G1. Os especialistas, entretanto, dizem que elas dificilmente serão recomendadas pelo governo brasileiro. Neste momento, apenas China e Japão fazem a distribuição do aparato.
De acordo com Atila Iamarino, biólogo e pesquisador, é difícil utilizar as máscaras da forma correta para evitar a transmissão do COVID-19 . “A melhor maneira de prevenir a contaminação é lavar as mãos e usar álcool gel”, diz ele, em seu perfil no Instagram. “Para que o álcool funcione bem, ele precisa permanecer tempo suficiente nas mãos e ter uma concentração alta, de pelo menos 60%. O álcool gel combina as duas coisas: ele tem concentração adequada para destruir o vírus, e fica tempo suficiente nas mãos por estar em gel”.