Pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP) conseguiram cultivar amostras do novo coronavírus em laboratório. A prática vai auxiliar na precisão e velocidade dos testes diagnósticos, uma vez que permitirá vários estudos ao mesmo tempo.
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O cultivo foi feito a partir de amostras dos dois primeiros pacientes da doença, diagnosticados no Hospital Albert Einstein. De acordo com o pesquisador Edilson Durigon, coordenador do projeto, em entrevista à Fundação de Ampara à Pesquisa do Estado de São Paulo, “a disponibilização de amostras do coronavírus cultivados em células permitirá aos laboratórios clínicos terem controles positivos para validar os testes de diagnóstico”.
Até o momento, o material utilizado como controle positivo para o diagnóstico do novo coronavírus era importado da Europa e dos Estados Unidos , a um custo que pode variar entre R$12 mil e R$14 mil, o que justifica o número reduzido de laboratórios habilitados para o teste.
Agora, os vírus produzidos em laboratório serão encaminhados aos laboratórios públicos e particulares de todo o país. De acordo com a equipe de pesquisadores, os coronavírus serão distribuídos de maneira inativada - ou seja, sem a capacidade de infectar células.