Embora a preocupação com o contágio da nova doença causada por coronavírus seja justificável e necessária, o pânico em relação ao covid-19 não deve tirar o foco de outros problemas sérios da saúde mundial.
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È importante destacar que, embora a taxa de transmissão seja bastante alta, os números de letalidade do covid-19 felizmente não acompanham esse índice. Ou seja, embora muitas pessoas fiquem doentes, a maioria se recupera.
Já entre as doenças virais com taxas de letalidade e mortalidade mais altas do que o coronavírus - cujo número preciso ainda não foi calculado - estão alguns problemas que são ainda mais graves no Brasil, como no caso da dengue e malária e mais doenças. Veja algumas abaixo:
Tuberculose
Doença infecciosa e transmissível, a tuberculose se torna ainda mais grave devido a possibilidade de acometer outros órgãos e sistemas. A forma extrapulmonar - que atinge outras áreas - porém, é mais comum em pacientes com sistema imunológico comprometido, como no caso de pessoas que vivem com HIV.
De acordo com o Ministério da Saúde, a cada ano são notificados aproximadamente 70 mil casos novos e ocorrem cerca de 4,5 mil mortes no Brasil em decorrência da tuberculose. A doença atinge especialmente populações vulneráveis, como pessoas privadas de liberdade e em situação de rua.
O principal sintoma da tuberculose é a tosse na forma seca ou produtiva. Por isso, recomenda-se que todo sintomático respiratório que é a pessoa com tosse por três semanas ou mais, seja investigada para tuberculose. Entre os outros sinais e sintomas, estão:
- febre vespertina
- sudorese noturna
- emagrecimento
- cansaço/fadiga
Sarampo
Um dos problemas de saúde pública mais sérios no Brasil atual, o sarampo retornou após anos “extinto” no país. Considerada uma doença infecciosa grave, o sarampo é tão contagioso que uma pessoa infectada pode transmitir para 90% das pessoas próximas que não estejam imunes, de acordo com o Ministério da Saúde.
Felizmente, existe uma vacina. A notícia ruim, porém, é que essa é a única maneira de prevenção da doença que apenas em 2017 fez 110 mil mortes no mundo.
Os sintomas do sarampo são:
- febre acompanhada de tosse;
- irritação nos olhos;
- nariz escorrendo ou entupido;
- mal-estar intenso;
Dengue
Outro grande problema para a saúde brasileira, a dengue é transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti. O fator climático é um grande influenciador para a reprodução do vetor, que prefere os meses chuvosos de cada região devido ao acúmulo de água parada. Como ainda não há vacina para o vírus, a principal prevenção é a eliminação total de focos do mosquito, bastante comuns em ambientes domésticos.
Apenas em 2019 o Brasil notificou quase 1,5 milhão de casos de dengue. No mesmo período, o número de mortes foi de 689 registros.
De acordo com o Ministério da Saúde, “todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis, porém as pessoas mais velhas têm maior risco de desenvolver dengue grave e outras complicações que podem levar à morte”. É importante destacar também que o risco de gravidade e morte aumenta quando a pessoa tem alguma doença crônica, como diabetes e hipertensão, mesmo tratada.
Os principais sintomas da dengue são:
- Febre alta maior que 38.5ºC.
- Dores musculares intensas.
- Dor ao movimentar os olhos.
- Mal estar.
- Falta de apetite.
- Dor de cabeça.
- Manchas vermelhas no corpo.
Malária
Assim como a dengue, a malária é transmitida por mosquitos infectados com o vírus. A doença tem predominância nos países subdesenvolvidos e, por isso, não atrai tantas pesquisas quanto deveria. No Brasil, a doença não possui estimativas de mortes, mas o número de infecção é alto: apenas em 2017, foram 218 mil casos.
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No mundo, a OMS alerta para um crescimento da doença, que matou mais de 445 pessoas ano em 2017.
Os sintomas da malária são:
- febre alta;
- calafrios;
- tremores;
- sudorese;
- dor de cabeça, que podem ocorrer de forma cíclica.
- Muitas pessoas, antes de apresentarem estas manifestações mais características, sentem náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite.
HIV/Aids
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o vírus HIV - sigla em inglês para vírus da imunodeficiência humana - é um dos maiores problemas globais de saúde. No Brasil, estima-se que 866 mil pessoas vivam com o vírus, que é transmitido por meio da relação sexual desprotegida. Embora o número seja otimista em relação ao passado, o país testemunhou um crescimento de 21% no número de infectados nos últimos 8 anos.
As complicações em decorrência da AIDS ainda são responsáveis por mais de um milhão de mortes em todo o mundo e, como não há um remédio capaz de eliminar o vírus do organismo, a prevenção através do sexo seguro é a melhor maneira de evitar a infecção.
É importante destacar também que ter o HIV não é a mesma coisa que ter aids. De acordo com o Ministério da Saúde, “há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas”.