Segundo a especialista da escola de imunologia viral da Universidade de Birmingham, Zania Stamataki, há motivos para o mundo ficar otimista sobre uma vacina contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2). Em uma coluna publicada no The Conversation, Stamataki afirmou que a vacina está ao alcance dos cientistas, e seria a melhor forma de obter a imunidade de rebanho sem causar grande número de mortes.
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“Impedindo que os hospedeiros repliquem o vírus, podemos erradicar a Covid-19 da população humana da mesma forma que já fizemos com a varíola”, afirmou a especialista. Segundo Stamataki, há três motivos para crer que uma vacina é possível.
“Primeiro, este vírus pode ser curado. Diferentemente do HIV, que pode incorporar seu genoma e criar cópias novas após a resposta imune do organismo, o Sars-CoV-2 não tem a capacidade de persistir no corpo humano”, afirma.
O segundo motivo para crer em uma vacina parte dos anticorpos. “A maioria dos pacientes infectados desenvolvem anticorpos. Já vimos quais células respondem ao vírus para neutralizá-lo, mas ainda não sabemos o quão protetivas elas podem ser. As vacinas serão refinadas para induzir à produção de uma resposta imune mais potente que as naturais”.
Por fim, a especialista afirma que o novo coronavírus é mais lento em sua mutação. “O Sars-CoV-2 tem mutações mais lentas que a influenza, e sabemos que SARS e MERS (os vírus mais parecidos) garantem imunidade de pelo menos um ou dois anos após a recuperação. Isso é uma boa notícia para a criação de uma vacina efetiva, que não precisará de uma atualização tão rápida”, afirma a coluna da The Conversation.
Fonte: The Conversation