De acordo com um estudo publicado na revista Science, se manter 2 metros distante de outras pessoas não é suficiente para evitar o contágio pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2) — diferentemente do que apontam as recomendações desde o início da pandemia. O resultado do estudo reforça o uso universal de máscara para evitar a transmissão.
Segundo a publicação intitulada "Reduzindo a transmissão do Sars-CoV-2", especialistas da Universidade de Taiwan e da Universidade da Califórnia afirmam que algumas evidências indicam que a Covid-19 está se espalhando silenciosamente em aerossóis expelidos por pessoas altamente contagiosas, mas que não apresentam sintomas.
Por isso, dizem, é preciso "realização regular e ampla de testes" para mapear casos assintomáticos. O estudo também reforça a necessidade do máscaras para o controle do vírus.
As recomendações da Organização Mundial da Saúde podem não ser suficientes em todos os casos, dizem Chia Wang, Kimberly Prather e Robert Schooley, autores do artigo.
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"Aumentaram as evidências que sugerem que os dois metros de distância recomendados pela OMS não são suficiente em muitas situações em ambientes internos onde gotículas permanecem no ar por horas, acumulando-se com o passar do tempo e se espalhando pelo ar em distâncias maiores que dois metros", escreveram.
Os pesquisadores explicam que as gotículas se espalham no momento da respiração e da fala, "podem se acumular, permanecer no ar de ambientes internos por horas e podem ser inalados facilmente para dentro dos pulmões".
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O centro de controle e prevenção de doenças dos EUA, o CDC, focou também em gotículas de tossidas e espirros. Nestes casos, a permanência no ar é menor, mas existe o risco de que as gotículas caiam diretamente no nariz ou boca de outras pessoas.
"Para que a sociedade retome suas atividades, é preciso de medidas para reduzir a emissão destes aerossóis, incluindo uso universal de máscaras", concluiu o estudo.