Morcego
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Pesquisa apontou que animal pode ser o principal responsável pelo início da transmissão para os humanos

Um novo estudo realizado em parceria por cientistas chineses e norte-americanos identificou que o Covid-19 pode ter derivado de um grupo de vírus originários de morcegos-ferradura, corroborando teses anteriores de que o animal poderia ser o responsável pela transmissão original em humanos .

Segundo informações da revista Science, onde o artigo foi publicado, os pesquisadores analisaram mais de 781 vírus da família do  novo coronavírus (Sars-Cov-2) e apontaram fortes indícios de que o morcego-ferradura também possa ser o responsável pela transmissão de outras variações do coronavírus, como o Sars-Cov-, por serem uma espécie de "reservatório" da doença.

Apesar das conclusões do estudo, apontando a maior troca genética entre os morcegos da familia Rhinolophidae e citando o gênero  Rhinolophus como "reservatório" da Sars, os pesquisadores não conseguiram confirmar que o vírus tenha sido originado nos animais.

"Em nossa análise filogenética, que inclui todos os coronavírus de morcegos conhecidos da China , descobrimos que o Sars CoV-2 é provavelmente derivado de um grupo de vírus originários de morcegos-ferradura. Parece que, por pura má sorte histórica e evolutiva, os Rhinolophus são o principal reservatório de coronavírus", afirmou Peter Daszk, autor do estudo.

Ao lado da também pesquisadora Shi Zheng-li, Daszk construiu uma "árvore genealógica" das espécies, o que possibilitou a identificação de que o vírus atual tem quase 100% de igualdade com o encontrado nos Rhinolophus. Entretanto, a grande variedade genética do coronavírus impossibilita a confirmação de que a transmissão tenha ocorrido desta forma.

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