Pesquisadores afirmam que o nível de transmissão da Covid-19 pode ser maior em alguns indivíduos ou locais do que em outros. Ambientes ou pessoas capazes de transmitir o novo coronavírus em maior quantidade são chamados agora de “superpropagadores” ou “superdisseminadores”.
Uma pessoa com a doença transmitida pelo novo coronavírus é capaz de infectar de duas a três pessoas. No entanto, o cálculo geral da taxa de transmissão do vírus não apresenta recortes e apresenta um resultado amplo.
Enquanto algumas pessoas com a doença podem não infectar ninguém, outras podem infectar dentro da taxa. E outras, ainda, podem transmitir a doença para pessoas além do calculado, podendo chegar a dezenas de pessoas.
O superpropagador depende de uma junção de detalhes que podem envolver padrões comportamentais e aspectos biológicos, por exemplo, para sua definição. Esses fatores podem tornar um local seja ainda menos seguro ou pode tornar uma pessoa mais propensa a contaminar.
Em questões biológicas, podem ser consideradas como superpropagadoras pessoas que apresentam alta carga viral. Cientistas e pesquisadores ainda não identificaram o motivo de isso acontecer, mas pode estar relacionado ao fato desses organismos conseguirem conter a reprodução do vírus e, por isso, o expelirem a outras pessoas.
Pessoas que tendem a falar alto ou que falam muito, além de portadores de tosse crônica, também podem ser superpropagadores, já que isso dá mais impulso para a expulsão de secreções respiratórias. Essas gotículas são, justamente, o fator de contaminação.
Locais com grande potencial de receber aglomerações também são superpropagadores em potencial. Transportes coletivos, bares e restaurantes, por exemplo, podem receber pessoas que estão com a doença.
Assim, o doente pode transmitir para outras pessoas presentes no mesmo local.
Assintomáticos
também podem ser arriscados. Isto porque, como não sentem qualquer indício de que estão contaminados, podem passar o novo coronavírus para pessoas próximas.