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Pequenos coágulos foram identificados pela primeira vez em pacientes vivos com Covid-19

Uma nova reação em pacientes graves da Covid-19 foi registrada por pesquisadores brasileiros do departamento de medicina da Universidade de São Paulo - USP, em Ribeirão Preto.

De acordo com o estudo , ainda divulgado em forma preliminar, a formação de microtrombos - pequenos coágulos sanguíneos - nos pequenos vasos abaixo da língua ocorreu em 11 dos 13 pacientes graves observados ou seja, 85%.

Os coágulos, apesar de microscópicos, impedem a circulação normal do sangue e apontam, mais uma vez, para a relação da infecção com o sistema cardiovascular . O estudo foi realizado com o auxílio de imagens digitais e todos os pacientes observados necessitavam de ventilação mecânica.

Segundo a apresentação do documento, esta é a primeira vez que pesquisadores detectam o sintoma em pacientes vivos. A presença de coágulos, porém, já foi identificada em autópsias , embora ainda não fosse possível afirmar a relação entre eles e a Covid-19, considerando que a característica é frequentemente identificada em vítimas da falência múltipla de órgãos.

Desta vez, o estudo afirma que a aparição dos microtrombos é uma característica da a doença causada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2) , além de reforçar o fato de que a infecção age de maneira generalizada no corpo dos pacientes. “Outra conclusão que temos é de que a trombose micro-vascular age de maneira sistêmica e pode afetar vários outros órgãos ”, escreveram os pesquisadores. 


Coronavírus pode atacar quase todos os órgãos

Ainda extremamente nova e pouco estudada, apesar da corrida entre cientistas que buscam desvendá-la, a Covid-19, inicialmente apontada como uma doença pulmonar, pode causar uma resposta inflamatória generalizada.

De acordo com o cardiologista norte-americano Alan Krumholz - que lidera os estudos sobre o assunto na universidade de Yale -  em entrevista recente à revista The Science, a doença é capaz de atacar “quase qualquer área do corpo com consequências devastadoras”.

Enquanto a maioria dos estudos ainda é inconclusiva para um mapeamento específico da doença, a lista de sintomas cresce conforme a experiência dos profissionais de saúde e volume de pesquisas divulgadas. Em pesquisas anteriores , já foram identificados sintomas que relacionam à doença aos sistemas cardiovascular, nervoso, circulatório e digestivo.


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