A técnica de enfermagem Joelma de Souza, 36, se sentiu emocionada ao receber dose da CoronaVac , vacina chinesa da Sinovac Biotech em parceria com o Instituto Butantan que está em testes em Brasília.
A profissional de saúde está há cinco meses trabalhando na linha de frente da pandemia do novo coronavírus no Distrito Federal, no Hospital Universitário de Brasília (HUB) e Hospital Regional da Asa Norte (Hran).
“Eu acredito muito nas vacinas e vi muitos pacientes morrendo”, afirmou a sétima escolhida a receber a vacina em Brasília.
Em entrevista ao Metrópoles, Joelma afirmou ter esperança de que alguma vacina surja e previna a população. “Daqui a dez anos, quando a gente vir que tudo modificou graças a uma vacina que deu certo, vai ser uma história que vai trazer muita alegria de contar para os filhos, de mostrar que a gente contribuiu e tem outras pessoas vivas graças a isso” disse, em relação a ter sido escolhida para a testagem.
Para participar dos testes, o pré-requisito determinante é que a pessoa a receber a dose seja um profissional da saúde que esteja em contato com pacientes infectados pelo novo coronavírus .
A técnica de enfermagem se emociona ao afirmar que vê o número de óbitos de colegas de trabalho aumentarem a cada dia que passa. “Eu tive colegas do Hran [que faleceram]”.
“Eu tenho otimismo e acredito que vai dar certo. A minha intenção é que a ciência comprove com resultados positivos. Que possa liberar a economia do país e melhorar a saúde das pessoas”, disse Joelma, esperançosa.
As doses da Fase 3 de testes da vacina da Sinovac foram aplicadas em dez pessoas em Brasília. A previsão era de que mais três funcionários recebessem a dose hoje, totalizando dez voluntários. Espera-se que, na próxima semana, o nível e volume de doses aplicadas aumente.