Em 12 de março, morreu em São Paulo a primeira vítima de Covid-19 no Brasil. Hoje, exatos cinco meses depois, já houve mais de 103 mil óbitos em decorrência do novo coronavírus. A rapidez com que a pandemia avança no país assusta: em média, 28 pessoas perderam a luta contra a doença a cada hora nestes 152 dias.
A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia criticou nesta terça-feira (11) a política de combate à Covid-19 no país. Sem citar nomes, ela responsabilizou a “atuação estatal” ao falar sobre o Brasil ter passado das 100 mil mortes.
"Cem mil mortos é uma tragédia , não precisava ter acontecido, em que pese ser fato que este coronavírus é realmente uma doença grave e que acometeria muita gente. Mas foi uma atuação estatal, aliada a uma atuação em parte de uma sociedade perplexa, aturdida diante de tantos desmandos, de tanta falta de orientação segura seguindo-se a ciência e a medicina de evidências, que nos levou a um fim de semana de luto — disse a ministra no seminário virtual “A defesa da democracia”, organizado pelo Instituto dos Advogados Brasileiros e pelo Instituto Victor Nunes Leal.
Segundo o boletim das 20h do consórcio de veículos de imprensa formado por EXTRA, O Globo, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo, o Brasil chegou nesta terça-feira (11) a 103.099 mortes por Covid-19 e a 3.112.393 casos. O levantamento, feito com informações das secretarias de Saúde, apontou que, em 24 horas, foram registrados 1.242 novos óbitos e mais 56.081 diagnósticos positivos. A média móvel ficou em mil mortes por dia.
Dados do Ministério da Saúde divulgados no início da noite desta terça-feira indicam que o Brasil chegou a 3.109.630 casos e 103.026 óbitos por Covid-19 . Há ainda 3.580 mortes em investigação pela pasta.