Medir a temperatura é fundamental para o acompanhamento da saúde e sintomas de qualquer infecção. Durante a pandemia da Covid-19, então, a atenção torna-se ainda mais importante. Mas qual modelo de termômetro é o mais confiável?
De acordo com o diretor médico da Companhia da Consulta, Felipe Folco, mais importante do que o "modelo ideal" é entender como cada aparelho funciona e usar da maneira correta. "A maneira correta de utilizar cada um está descrita no manual e é importante ler antes da utilização", explica.
Entre as possibilidades disponíveis no mercado estão os termômetros digitais com sensor de contato e os termômetros infravermelhos - que permitem a medição a uma distância segura do paciente. Já o modelo analógico, cuja composição envolve o mercúrio, foi proibido no Brasil em 2018 por uma determinação da Anvisa, que considera os riscos do metal para a saúde.
"Cada termômetro possui o seu local indicado para medida. A maioria funciona com a temperatura axilar, bucal ou retal", orienta Folco. "Cada local de medida tem uma temperatura padrão que se considera como febre - axilar acima de 37,4°C, boca acima de 37,5°C, ouvido acima de 37,6°C, reto acima de 38°C".
O profissional de saúde também aponta os principais motivos de erro de medição da temperatura: aguardar tempo insuficiente para a medida correta; distancia inadequada nos termômetros digitais infravermelhos; presença de cerúmen no ouvido no caso dos termômetros infravermelhos auriculares, e pilhas fracas para qualquer termômetro digital.
Além da atenção ao uso, outro critério deve ser considerado na hora de escolher o termômetro para manter em casa: "é preciso verificar se o instrumento tem selo do INMETRO e registro junto a ANVISA, e mesmo assim ainda é possível uma variabilidade de 0,2°C. Se o termômetro tem estes registros e é utilizado corretamente a aferição, é confiável", finaliza o médico.