No mês de julho, 13,7 milhões de pessoas tiveram sintomas de síndromes gripais, sinais que podem indicar um diagnóstico positivo para a Covid-19
, doença causada pelo novo coronavírus
(Sars-CoV-2). A informação é da Pnad-Covid-19 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio da Covid-19, que teve seus dados iniciais divulgados nesta quinta-feira (27) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Ainda de acordo com a pesquisa, do total de pessoas que tiveram os sintomas, 3,1 milhões de pessoas buscaram estabelecimentos de saúde para atendimento. A fatia equivale a um percentual de 22,8%.
Em junho, a quantidade de pessoas que disseram que tiveram sintomas foram 15,5 milhões, enquanto em abril o número registrado foi de 24 milhões. Os percentuais de pessoas que procuraram atendimento nos dois meses foram 19,2% (2,9 milhões) e 15,7% (3,7 milhões), respectivamente.
Segundo o diretor-adjunto de Pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo, os números são um reflexo da mudança das diretrizes do Ministério da Saúde no combate à Covid-19, que, na gestão do general Eduardo Pazuello, orientou que a população procurasse ajuda médica logo no aparecimento dos primeiros sintomas da Covid-19.
Dos 3,1 milhões que procuraram atendimento médico em julho, 2,3 milhões (75%) foram até um estabelecimento público de saúde.
Tipos de sintomas
Na divisão por tipo de sintomas, os mais registrados em julho foram perda de olfato e paladar, com resposta afirmativa de 1,7 milhões dos entrevistados. Tosse, febre e dificuldade para respirar foram sentidos por 666 mil pessoas, enquanto dor no peito foi sentida por 540 mil.
Já no caso de sintomas conjugados, quando a pessoa tem mais de um sintoma, o número foi de pouco mais de 2 milhões.
O Centro-Oeste foi a região que teve o maior percentual de pessoas que disseram que tiveram sintomas, com 7,1%. Ela foi seguida pelas regiões Nordeste e Sul (ambas com 6,8%), Sudeste (6,4%) e Nordeste (5,7%).
Individualmente, o Amapá foi estado que mais teve pessoas entrevistadas com sintomas, com percentual de 9,3%. Em segundo lugar vem a Paraíba, com 8,9%, que é seguida por Bahia e Rio Grande do Sul (ambos com 7,7%), Mato Grosso (7,6%) e São Paulo (7,4%).
A amostra da Pnad-Covid-19 está distribuída em 3.454 municípios e em aproximadamente 15 mil setores censitários.