Nesta sexta-feira (28), Marco Krieger , vice-presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), declarou que a vacina contra o novo coronavírus (Sars-coV-2) ainda precisa ser encarada como um "plano B", uma vez que um primeiro lote de 15 milhões de doses só está previsto para janeiro de 2021, e sem a garantia de registro imediato pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Por enquanto, segundo ele, deve-se manter o plano A, que é baseado em manter a testagem para detecção da Covid-19 , manter uso de máscaras e medidas de distanciamento social .
"A vacina hoje tem de ser encarada como um plano B. No melhor cenário, chegará daqui a alguns meses. É preciso ter um pouco de paciência. Até lá, o enfrentamento à pandemia precisa ser feito com testagem, uso de máscara e dinâmica de distanciamento", disse o representante da Fiocruz ao jornal O Globo
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Krieger afirma também que busca "antecipar o máximo possível" a produção da vacina, mas sem "queimar etapas". Ele critica o que chama de "guerra de narrativas", numa referência à corrida pela viabilização de outras vacinas, como a russa e a chinesa. Todavia, reconhece. "É muito provável que a gente tenha mais de uma vacina".