Uma pesquisa Ibope publicada nesta segunda-feira (7) mostra que 72% dos brasileiros das classes A, B e C defendem que os alunos só voltem a ter aulas presenciais depois que uma vacina para o novo coronavírus (Sars-CoV-2) estiver disponível.
O levantamento foi feito a pedido do jornal O Globo entre os dias 21 e 31 de agosto, pela internet, com 2.626 pessoas com mais de 18 anos e das classes A, B e C. O nível de confiança da pesquisa é de 95% dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Ao serem questionados sobre a afirmação de que os alunos deveriam aguardar um imunizante para voltar às escolas, 54% dos concordam totalmente e 18% concordam parcialmente, somando os 72%. Não concordaram ou discordaram 12% dos entrevistados, sendo que 7% discordaram parcialmente, 6% discordaram completamente e 3% não souberam responder.
Com as portas fechadas desde meados de março por causa da pandemia da Covid-19, escolas no Brasil enfrentam a indefinição sobre a retomada das aulas. No Amazonas, primeiro estado a voltar com as aulas presenciais, em 10 de agosto, professores pediram ao governo a suspensão das aulas por causa do aumento de casos da doença.
Na última semana, o Pará iniciou a abertura das escolas particulares e de municipais em algumas cidades. Já em São Paulo, o retorno está previsto somente para outubro, sendo que em setembro já estão autorizadas atividades não curriculares, como atividades culturais, plantão de dúvidas, atendimento psicológico e orientações.
A adesão à reabertura das escolas antes da vacina é maior entre os homens do que entre as mulheres, segundo a pesquisa do Ibope.
Para 49% deles, as aulas devem retornar independentemente de uma vacina. Outros 21% concordam parcialmente com isso, enquanto 11% não concordam nem discordam, 8% discordam parcialmente e 8% discordam totalmente.
Entre as mulheres, 58% concordam totalmente que os alunos devem agurdar, 15% concordam parcialmente, 13% não concordam nem discordam, 7% discordam parcialmente e 4% discordam totalmente.
Renda familiar
Famílias que ganham entre 1 e 5 salários mínimos são as mais concordam com a reabertura das escolas após a vacina. Enquanto 75% deles concordam total ou parcialmente com essa afirmação, o número cai para 70% entre quem ganha mais de 5 salários mínimos.
Entre os que ganham até 1 salário mínimo, 68% concordam total ou parcialmente com a volta às aulas só após a vacina.
Os percentuais dos que discordam parcial ou totalmente da afirmação são semelhantes entre as classes sociais: 14% para os ganham até 1 salário mínimo e entre 1 e 2 salários. O percentual é de 13% entre os ganham entre 2 e 5 salários e de 16% entre os ganham mais de 5 salários mínimos.