Desde que o coronavírus se espalhou, a busca por uma vacina se tornou a esperança para vencer a doença. Agora, segundo o portal especializado The Lancet Infectious Diseases Journal, um imunizante chinês se mostrou seguro e capaz de estimular a produção de anticorpos. O resultado dos testes preliminares foi publicado na última semana.
Para chegar a esse resultado, 600 voluntários saudáveis de 18 a 80 anos foram vacinados. Os testes foram avaliados por pesquisadores de diferentes instituições chinesas, incluindo o Instituto de Produtos Biológicos de Pequim. O estudo comprovou a produção de anticorpos em todos os pacientes em um intervalo de 42 dias, sem reação adversa grave.
Segundo a equipe, o objetivo dos testes era avaliar a resposta imunológica e a segurança do imunizante. Apesar disso, ainda não é possível confirmar que a vacina é suficiente para a imunização contra o coronavírus. Para isso, ainda são necessários novos testes e análises, e a candidata ainda precisa passar pela fase 3.
É importante destacar que esta vacina não é a mesma produzida pela Sinovac, que possui um acordo com o governo de São Paulo. Na última semana, o governador João Doria afirmou que os resultados da fase 3 serão apresentados publicamente nesta segunda-feira (19). Doria antecipou alguns dos resultados esperados.
"Nenhuma colateralidade foi apresentada nos 13.000 médicos e enfermeiros em sete estados", destacou em coletiva.ReproduçãoGoverno de São Paulo deve divulgar resultados do estudo nesta segunda-feira (19). Apesar de a declaração ser um bom indicativo de segurança da vacina, o que já havia sido atestado nos experimentos de fase 1 e 2, bem como em um estudo com 50 mil voluntários na China, a fala do governador não deixa claro o que se espera quanto à sua eficácia.
Isso é o que realmente conta para a fase 3, que definirá se a vacina pode ou não ser registrada e distribuída no país.O Instituto Butantan, responsável pelos testes no Brasil, já havia afirmado que buscará registrar a CoronaVac na Anvisa se for constatada uma eficácia mínima de 50%.
Para validar essa expectativa, o instituto esperava reunir cerca de 60 casos de Covid-19 entre seus voluntários; se eles se concentrarem totalmente ou em sua grande maioria dentro do grupo placebo, que recebeu uma substância incapaz de combater o vírus, é porque a vacina funciona como o esperado. Se não houver diferença significativa entre os grupos, é porque não funciona. Via: Exame