Coronavirus
Divulgação
Complicações causadas pela doença não foram evitadas com medicamento.

Mesmo sendo capaz de reduzir a carga viral de pacientes com Covid-19 , o vermífugo nitazoxanida não é eficaz para resolver sintomas em cinco dias de tratamento e nem é capaz de evitar complicações causadas pela doença. A informação veio através e um artigo baseado em um estudo financiado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Os resultados foram divulgados em cerimônia no Palácio do Planalto na última segunda-feira (19). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo .

No evento, o governo utilizou um gráfico que veio de um banco de imagens e que não representava a eficácia do vermífugo. O narrador dizia ainda que o resultado “comprovou de forma científica a eficácia do medicamento” na redução na carga viral nos primeiros dias da doença.

Segundo o artigo, o estudo contou com 392 pacientes, dos quais 194 tomaram nitazoxanida por cinco dias. Outros 198 receberam placebo. Apenas pacientes com quadros leves e que estavam nos primeiros dias com sintomas participaram do estudo.

Depois de cinco dias com o tratamento, o quantidade de pacientes que tomou o vermífugo e apresentava sintomas era igual a de pacientes que recebeu o placebo, o que mostra que a droga não surtiu o efeito esperado no “desfecho primário” do estudo.

No “desfecho secundário”, a quantidade de pacientes que tomou nitazoxanida e apresentou resolução de sintomas foi de 78%. Já o número de pacientes que recebeu placebo e ficou livre de sintomas foi de 57%, o que mostra uma diferença significativa.

A quantidade de pacientes que apresentaram resultado negativo no PCR sete dias depois também foi maior no grupo que recebeu o vermífugo:  29,9% contra 18,2% do grupo que recebeu o placebo.

Entretanto, o medicamento não conseguiu diminuir o número de hospitalizações da doença. Dez pessoas foram internadas durante o estudo, sendo cinco de cada grupo. No grupo que recebeu a nitazoxanida, duas pessoas precisaram ir para a UTI.

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