A desigualdade de acesso à futura vacina contra Covid-19 já preocupa profissionais da Organização das Nações Unidas. Um estudo publicado nesta segunda-feira pela Duke Global Health Innovation, nos EUA, afirma que entre países ricos e emergentes, 3,8 bilhões de doses da futura vacina já foram reservadas.
Além disso, mais 5 bilhões de doses estão comprometidas em contratos futuros também para os países ricos. O estudo faz uma projeção de que, apenas em 2024, a capacidade de produção de vacinas será suficiente para abastecer o mundo. Os números, que excluem nações mais pobres, escancaram a disparidade de acesso à saúde e exigem uma ação global que permita uma distribuição justa do imunizante.
A compra do governo dos Estados Unidos, por exemplo, já atinge 810 milhões de doses, o que é suprior às necessidades para cobrir toda a população. Além disso outros 400 milhões de doses estão comprometidas com a União Europeia. O Canadá, que adquiriu 358 milhões de doses, possuirá um volume suficiente para vacinar cinco vezes a população do país.
O volume total do que foi adquirido até agora por esses países é suprior a tudo que o consórcio Covax, uma iniciativa da OMS para garantir a distribuição da vacina, conseguiu até agora.