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Carolina Antunes/PR
Ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello

O governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) planeja editar uma Medida Provisória que vai liberar R$ 20 bilhões para a compra de vacinas contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2) e centralizar a distribuição dos imunizantes para os estados e municípios.

A medida reforça o discurso do ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, de que todas as vacinas seriam compradas pelo governo federal, inclusive a CoronaVac, vacina produzida pela farmacêutica chinesa Sinovac com o Instituto Butantan, que é ligado ao governo do estado de São Paulo

Além da compra da vacina em si, parte da verba também deve ser utilizada para a aquisição de insumos, logística e a comunicação da campanha de imunização. A edição da MP foi revelada pela Coluna do Estadão.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), que esteve com Pazuello nesta sexta-feira (11), afirmou que as vacinas devem ser "requisitadas" pelo ministério. "Nenhum Estado vai fazer politicagem e escolher quem vai viver ou morrer de Covid-19", afirmou Caiado, no Twitter.

Integrantes do governo federal que acompanham a discussão afirmam que a MP deve se limitar a abrir crédito para a compra de vacinas. Dizem ainda que o texto está em construção e veem exagero na fala de Caiado. Procurado, o Palácio do Planalto não se posicionou sobre a MP.

Em seu discurso, Pazuello não tratou de requisição de vacinas, mas ele teve conversas reservadas de pelo menos um hora com Caiado durante o evento.

Ao jornal O Estado de São Paulo, o próprio diretor do Butantã, Dimas Covas, disse que se o ministério formalizar o interesse na CoronaVac, as doses serão todas ofertadas ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), ou seja, sem exigir uma medida mais agressiva, como a requisição.

Pazuello disse, na cerimônia, ter determinado a busca por recursos para vacinar "todo o nosso povo". O general voltou a chamar para o ministério a responsabilidade de organizar a imunização nacional. "Nenhum Estado da federação será tratado de forma diferente. Nenhum brasileiro terá vantagem sobre outros brasileiros", disse.

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