O número de internações também cresceu 15,5%
Foto: Rogerio Santana
O número de internações também cresceu 15,5%


O governo de São Paulo vai abrir 2 mil novos leitos para pacientes diagnosticados com a Covid-19. Com isso, o número de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no estado passa a ser de 8,5 mil.

"Uma notícia importante é a manutenção, a garantia de 2 mil leitos de UTI do SUS para esse enfrentamento. Lembrando que no momento pré-pandemia, a Secretaria de Saúde contava com 3,5 mil leitos de UTI. Este número foi ampliado para 8,5 mil leitos de UTI, mais 140% de aumento. Sendo que destes 8,5 mil leitos, 2 mil não estão habilitados pelo Ministério da Saúde. Então o anúncio do governo do estado de São Paulo hoje é que ele garantirá o funcionamento desses 2 mil leitos para atendimento dos pacientes Covid", disse Eduardo Ribeiro, secretário-executivo da Saúde.

A mudança reforça o alerta com relação à velocidade de contaminação da doença no Brasil nas últimas semanas. Diversas cidades já registram taxa de ocupação dos leitos de UTI superior a 80%.

De acordo com Jean Gorinchteyn, o número de óbitos por Covid-19 cresceu 30,3% entre 15 de novembro e 5 de dezembro (47ª e 49ª semanas epidemiológicas). Em relação aos novos casos, houve um salto de 23,6% no mesmo período. O número de internações também cresceu 15,5%.

"O aporte de R$ 100 milhões por mês para mais de 2 mil leitos que seriam direcionados a outras doenças é para dar uma assistência adequada. Serão 8,5 mil leitos para dar assistência a pacientes com Covid-19", disse.

Entre março e novembro deste ano, a faixa etária com a maior demanda por leitos de Covid-19 era entre pacientes de 55 e 75 anos. Mas, de acordo com dados do governo estadual, nas últimas três semanas, a faixa etária dos 30 aos a 50 anos passou a ser maioria na demanda por leitos. 

"Jovem não é imune, pode adoecer e morrer em decorrência do vírus. Importante é lembrar o quanto ele é capaz de transmitir para pais, avôs e quem respeita quarentena em casa, pode evoluir para caso fatal", afirmou Jean Gorinchteyn.

"São esses que continuam saindo, festejando, se contaminam e levam vírus para casa. Observem que na faixa etária de 20 a 39 anos não foram poupados, concentrado 40% dos casos, com 3,6% de óbitos. Portanto jovens também podem morrer em decorrência da Covid", acrescentou.

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