Os pesquisadores convidados para participar de reunião com o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello , para ajudar na formulação do Plano Nacional de Imunização (PNI) para a Covid-19 , doença causada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2), não puderam falar e tiveram seus microfones cortados durante todo o encontro. As informações são da coluna Painel, do jornal Folha de S.Paulo .
O primeiro contato do chefe da pasta com os especialistas foi no dia 1º de dezembro e o encontro esteve mais para um monólogo que para a troca de informações e sugestões.
Nessa oportunidade, os encontraram os microfones silenciados na sala virtual, enquanto o ministro e seus auxiliares apresentavam o plano do governo.
A ordem dada pelos integrantes da pasta foi a de que os especialistas só poderiam fazer perguntas ou considerações por escrito em mensagens enviadas pela plataforma que estava sendo utilizada.
Mesmo após os comentários realizados, porém, o ministério encerrou a reunião sem dar voz aos participantes e informou que responderia às observações em até sete dias. Essas respostas prometidas nunca chegaram.
A Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva), uma das entidades que representam os especialistas, prepara carta que será enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) informando que eles não participaram da elaboração do plano de vacinação do governo. Todos eles foram citados no documento.