Ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello
Carolina Antunes/PR
Ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello

Após clínicas particulares brasileiras de saúde iniciarem negociações com a Covaxin — vacina indiana contra a Covid-19 — , o  Ministério da Saúde disse, em nota à imprensa, que as clínicas deverão seguir a ordem de vacinação de grupos prioritários determinada no plano nacional de imunização.

A declaração foi dada após a ABCvac (Associação Brasileira das Clínicas de Vacina) anunciar que pretende comprar 5 milhões de doses da Covaxin, imunizante produzido pela farmacêutica indiana Bharat Biotech.

“Os grupos prioritários, propostos pelo Ministério da Saúde em parceria com Conass [Conselho Nacional de Secretários de Saúde] e Conasems [Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde], devem, a princípio, ser obedecidos mesmo que haja integração de clínicas particulares de vacinação ao processo de imunização”, afirmou a pasta.

O pronunciamento diz, ainda, que a vacinação no Brasil começará pelo SUS (Sistema Único de Saúde) — a estimativa mais otimista do governo é iniciar a vacinação em 20 de janeiro. Além disso, a pasta afirmou que as clínicas particulares terão de garantir o registro de dados sobre quais doses foram aplicadas e em quem.

“É preciso observar que o registro da aplicação do imunizante precisaria ser feito junto à Rede Nacional de Dados de Saúde e à caderneta digital de vacinação. Esta rastreabilidade possibilita identificar quem tomou a vacina e em qual data, além de precisar o laboratório e o lote do imunizante, possibilitando a aplicação de uma 2ª dose no prazo correto”, declarou a pasta.

A covaxin ainda não teve sua eficácia divulgada, tampouco aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para ser usada no Brasil. São necessárias duas doses na aplicação, e seu armazenamento pode ser feito a temperaturas de 2ºC a 8º C.

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