O Ministério da Saúde informou nesta sexta-feira (8) que a requisição administrativa de agulhas e seringas produzidas por empresas que fabricam esses produtos não vão atingir as compras que já haviam sido feitas por estados e municípios.
O recuo da pasta ocorre após o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), impedir que a requisição trave os produtos comprados pelo governo de São Paulo .
No dia 31 de dezembro, o ministério determinou à indústria nacional a entrega de 30 milhões de seringas e agulhas após fracassar na tentativa de compra de 331 milhões de unidades. Em pregão eletrônico feito no último dia 29, houve lances válidos para apenas 7,9 milhões, o que corresponde a 2,4% do total necessário.
O ministério havia dito anteriormente, em reuniões com a indústria, que a requisição atingiria até a produção que já estava comprada por estados e municípios.
O ministério afirma que o fracasso no pregão não impedirá o começo da vacinação contra a Covid-19, pois há estoque nos estados para imunizar cerca de 60 milhões de pessoas.
Estes produtos, porém, são usados para campanhas de rotina do Programa Nacional de Imunizações (PNI), como a vacinação contra a gripe e o sarampo. A indústria alerta o ministério desde julho sobre a necessidade de planejar uma grande compra de seringas e agulhas.
Em ofício enviado a empresas no último dia de 2020, a Saúde pedia que os estoques fossem disponibilizados ao governo federal em 8 de janeiro. Em reunião nesta semana, ficou acordado que o produto poderia ser entregue até o fim do mês.