A vacinação no estado de São Paulo começará dia 25
mesmo se o governo federal optar por iniciar o Plano Nacional de Imunização em outra data. A informação foi dada pelo secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn, durante coletiva realizada nesta sexta-feira (8) no Palácio dos Bandeirantes.
"As vacinas trarão a condição de preservarmos vida e permitir que a economia retorne nos próximos meses. Dessa forma, nós entendemos que, pelo recrudescimento da epidemia, não podemos aguardar", afirmou o secretário. "Por um lado, temos 46 milhões de doses até abril serão ofertadas para o PNI. Caso essa imunização atrase, seja mantida de uma forma por meses a seguir, ou seja, fevereiro, março, nós estaremos sim mantendo no dia 25 de janeiro essa vacinação para aqueles grupos de saúde e população idosa. Dessa forma, está estabelecido e mantido o programa estadual, acoplado e adaptado, ao programa nacional de imunização", disse.
"Nós seguiremos integralmente o contrato estabelecido com o Ministério da Saúde", garantiu Gorinchteyn. "Em todas as campanhas vacinais, especialmente as de gripe, o Estado de São Paulo sempre se antecipou ao Programa Nacional de Imunização e iniciou a vacinação com as devidas doses proporcionais da sua população. Não será diferente neste momento", continuou o secretário.
Ontem (7), o Ministério da Saúde formalizou o acordo para a compra de 100 milhões de doses da CoronaVac — imunizante desenvolvido pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac Biotech. Serão 46 milhões de doses até abril, com a possibilidade de extensão de mais 54 milhões.
Hoje, a Butantan enviou o pedido de uso emergencial da vacina para a Anvisa , que tem 10 dias para responder a solicitação. A agência recebeu, também hoje, a mesma solicitação para o imunizante desenvolvido pela Fiocruz em parceria com o laboratório inglês AstraZeneca e com a Universidade de Oxford.
Na primeira fase da vacinação está prevista a imunização de 9 milhões de pessoas dos grupos prioritários: profissionais de saúde, idosos, moradores de casas asilares, indígenas e quilombolas.