A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu na tarde desta sexta-feira (8) o pedido de autorização temporária para o uso emergencial da vacina de Oxford , produzida em parceria com a biofarmacêutica AstraZeneca . A solicitação foi feita pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), que no Brasil conduz os estudos da vacina desenvolvida pelo laboratório britânico.
O pedido da Fiocruz é para o uso de 2 milhões de doses de vacinas que devem ser importadas do laboratório Serum, sediado na Índia. A empresa é uma das fabricantes da vacina da AstraZeneca.
A Anvisa já iniciou a triagem dos documentos presentes na solicitação e na proposta de uso emergencial que o laboratório pretende fazer.
As primeiras 24 horas serão utilizadas para fazer uma triagem do processo e checar se os documentos necessários estão disponíveis. Se houver informação importante faltando, a Anvisa pode solicitar as informações adicionais à Fiocruz. O prazo de 10 dias não considera o tempo do processo em status de exigência técnica. A previsão, portanto, é que a autorização saia até 19 de janeiro.
Para fazer a aprovação para o uso emergencial, a Anvisa vai utilizar as informações apresentadas junto ao pedido e também as informações já analisadas pela Anvisa por meio da submissão contínua, que é quando os dados vão sendo enviados aos poucos para a análise da agência.
A análise do pedido de uso emergencial é feita por uma equipe multidisciplinar e envolve especialistas das áreas de registro, monitoramento e inspeção.
A meta da Anvisa é fazer a análise do uso emergencial em até 10 dias, descontando eventual tempo que o processo possa ficar pendente de informações a serem apresentadas pelo laboratório.
Caso tudo saia como o planejado, o Ministério da Saúde vai conseguir começar a imunização da população brasileira no dia 20 de janeiro, cenário previsto pela pasta com o cenário mais promissor de aquisições de vacinas. Nesse caso, o início das aplicações só seria possível com a exportação de doses prontas.
Se as compras não forem realizadas, porém, o prazo para o início da imunização, segundo o Ministério da Saúde, pode se estender até 10 de fevereiro.
Butantan também pediu uso emergencial da CoronaVac
O pedido da Fiocruz ocorreu horas depois da solicitação do Instituto Butantan para o uso emergencial da CoronaVac , imunizante desenvolvido junto ao laboratório chinês Sinovac Biotech.
Nesta quinta-feira (7), o instituto divulgou a informação de que a CoronaVac teve 78% de eficácia contra casos leves e moderados da Covid-19. Para casos graves, em que os pacientes precisam ser internados e correm risco de morte, a eficácia foi de 100%.