A farmacêutica Janssen notificou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na última quarta-feira (6) para evento adverso grave em um dos voluntários da fase 3 de testes do estudo clínico do imunizante produzido por ela. O evento teria ocorrido no dia 2 de janeiro.
Apesar da notificação, não houve necessidade de suspender a condução dos ensaios clínicos, já que, segundo a empresa, o recrutamento dos voluntários foi finalizado no dia 9 de dezembro do ano passado. Isso significa dizer que não há mais voluntários que ainda receberão a vacina teste ou o placebo.
De acordo com informações enviadas pela Janssen, o evento foi avaliado pelo investigador e pela companhia como não relacionado à vacina.
Como os dados sobre voluntários de pesquisas clínicas devem ser mantidos em sigilo, em conformidade com princípios de confidencialidade, dignidade humana e proteção dos participantes, mais detalhes sobre essa ocorrência não foram divulgados.
Também não serão divulgados dados sobre se a pessoa fazia parte do grupo que foi imunizado com a vacina propriamente dita ou se era do grupo de controle, que recebe um placebo.
Anvisa recebeu dois pedidos de uso emergencial de vacinas
A Anvisa recebeu nesta sexta-feira (8) o pedido para o uso emergencial de duas vacinas no Brasil. Pela manhã, a solicitação foi feita pelo Instituto Butantan , que desenvolve a CoronaVac em parceria com o laboratório chinês Sinovac Biotech.
O imunizante tem 78% de eficácia contra casos leves e moderados da Covid-19. Para casos graves, em que os pacientes precisam ser internados e correm risco de morte, a eficácia é de 100%.
Horas depois, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) pediu o uso emergencial da vacina de Oxford , produzido juntamente com a biofarmacêutica AstraZeneca. A solicitação é para o uso de 2 milhões de doses de vacinas que devem ser importadas do laboratório Serum, sediado na Índia.