Paciente deitado em maca com equipamentos ligados ao seu corpo.
BBC/Getty Images
Paciente deitado em maca com equipamentos ligados ao seu corpo.

A crise na saúde pública no Amazonas, sobretudo em Manaus, atingiu níveis sem precedentes. Além da crise pela falta de oxigênio nas unidades de saúde, o estado e sua capital sofrem com a falta de leitos de UTI, o que faz com que médicos tenham que escolher quem vai ou não para os poucos leitos que estão disponíveis. As informações foram publicadas pelo jornal Correio Braziliense.

Segundo a reportagem, as novas regras, pacientes que cheguem às unidades de saúde em estado terminal ou com situação irreversível não serão mais enviados às Unidades de Terapia Intensiva (UTI). A regra vale tanto para casos de Covid-19 como para casos em geral. Além da capital do estado, municípios do estado também tiveram a orientação.

Como é o processo?

Caso as equipes médicas constatarem que a pessoa não tem condições viáveis de continuar viva, uma ligação de vídeo é realizada para a família, para que os entes possam se despedir da pessoa.

Após isso acontecer, o paciente é levado para uma ala em que não existe os equipamentos necessários para que ela se mantenha por muito tempo. Os equipamentos só são encontrados nas UTI's, que estão lotadas.

Ainda segundo o Correio, 70% das mortes na capital são por outras doenças, aceleradas em razão da ocupação de leitos e lotação dos hospitais durante a pandemia.

Apenas dois grandes hospitais atendem os pacientes da capital e cidades do interior. A avaliação é de que o sistema de saúde estadual seria sobrecarregado alguma hora, e o avanço da Covid-19 tão rapidamente acelerou o cenário.

De acordo com boletim divulgado pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas, na quarta-feira (20), foram registradas 148 mortes por Covid-19 no estado.

Destas, 56 ocorreram na própria quarta e 93 foram casos "encerrados por critérios clínicos, de imagem, clínico-epidemiológico ou laboratorial, elevando para 6.598 o total de mortes".

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