Israel avançou mais algumas casas com sua campanha de vacinação contra a Covid-19 neste domingo (24), ao incluir jovens de 16 a 18 anos. A medida, divulgada pelas autoridades de saúde, foi apresentada como um esforço para permitir que os adolescentes possam fazer provas e vestibulares em segurança.
O diretor-geral do Ministério da Saúde, Hezi Levy, disse em entrevista a uma rádio local que, embora não se tenha muita informação sobre a vacinação em jovens, os possíveis efeitos colaterais são inferiores às vantagens de se vacinar.
"Esta vacina não é diferente das vacinas contra outras doenças virais. E já foi testada com sucesso", disse.
Israel lançou uma campanha de vacinação em 19 de dezembro com foco nos idosos, aqueles com comorbidades médicas e trabalhadores de saúde que atuam na emergência. Mais de um quarto de seus cidadãos já receberam a vacina da Pfizer produzida em parceria com a BioNTech, segundo as autoridades de saúde.
O país lidera no ranking mundial de vacinados, proporcionalmente à sua população. Mesmo assim, o governo decretou a continuação do confinamento nacional, pelo menos até o fim do mês, devido ao aumento no número de infecções.
As autoridades locais já haviam anunciado, no último dia 20, a inclusão de mulheres grávidas entre os grupos que têm acesso prioritário às vacinas contra a Covid-19, alegando não ver riscos para elas ou para os fetos, disse o governo nesta quarta-feira. A vacinação de gestantes é uma polêmica no mundo, uma vez que elas não participaram dos estudos feitos com as vacinas sobre segurança e eficácia.
A decisão seguiu-se à hospitalização nesta semana de várias mulheres grávidas com complicações da Covid-19 em meio a contágio crescente do novo coronavírus. Pelo menos uma foi colocada em um respirador e seu bebê nasceu por cesariana.