A farmacêutica americana Moderna anunciou, nesta segunda-feira (25), que o imunizante produzido por eles contra a Covid-19 conseguiu neutralizar duas mutações da doença em testes de laboratório. Mesmo assim, uma terceira dose da vacina será testada, e a empresa também trabalha em uma nova vacina de reforço para as mutações já identificadas.
Os pesquisadores testaram o soro de pessoas que receberam a vacina contra duas variantes: a B.1.1.7, encontrada no Reino Unido, e a B.1.351, detectada pela primeira vez na África do Sul. Os resultados ainda estão em versão prévia, portanto ainda não há comprovação real que os resultados foram efetivos de fato.
A Moderna ressalva que, no caso da variante sul-africana, a concentração de anticorpos permaneceu "acima dos níveis que se espera que sejam protetores". Mesmo assim, pode "sugerir um risco potencial de diminuição precoce da imunidade às novas cepas B.1.351".
A vacina desenvolvida pela empresa é aplicada em duas doses. A Moderna diz que vai testar ainda a aplicação de um reforço com dose extra do imunizante, para avaliar a capacidade de aumentar a neutralização contra as novas variantes.
No fim de dezembro de 2020, a Moderna publicou os resultados de fase 3 de sua vacina, que mostraram eficácia de 94,1%. O imunizante usa a tecnologia de mRNA, o RNA mensageiro, para induzir a imunidade à Covid-19.
A vacina da Moderna já foi aprovada nos Estados Unidos,
na União Europeia,
no Reino Unido
e em outros países.