O presidente da Colômbia, Iván Duque, anunciou na noite desta quarta-feira (27) a suspensão de voos de e para o Brasil como forma de evitar a entrada da nova variante brasileira do coronavírus Sars-CoV-2. A regra passará a valer a partir da meia-noite do dia 29 de janeiro.
Duque afirmou durante um programa diário do governo que essa é uma "medida preventiva e por um período de 30 dias" e que a medida afetará apenas os voos de passageiros. Além disso, quem esteve no Brasil entre 18 e 27 de janeiro, precisará fazer uma quarentena obrigatória.
"É uma medida que, a princípio, vamos tomar por um período de 30 dias, onde vamos estudar a aparição da linhagem B.1.1.28 do Brasil. Segundo as atuais evidências, essa linhagem poderia ter um impacto de maior transmissibilidade, assim como uma diminuição da resposta imune do corpo", adicionou o ministro da Saúde, Fernando Ruiz.
O governo ainda informou algumas exceções à medida: voos já previstos antes da regulamentação poderão ocorrer normalmente, assim como voos programados para o dia 28 e que chegariam no dia 29 por conta do fuso horário. Também poderão entrar estrangeiros que tenham visto de residência, passageiros de voos humanitários, tripulações de aeronaves e voos de carga e de Estado.
A decisão do governo colombiano isola ainda mais o Brasil, já que Itália, Portugal, Reino Unido, Países Baixos, Turquia, Marrocos e Peru já tomaram essa decisão. Segundo a mídia alemã, Berlim também anunciará a medida contra o Brasil ainda hoje.
A variante brasileira, também chamada de P1, foi detectada pela primeira vez pelo Japão neste mês em quatro pessoas que retornaram do Amazonas e, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), já está presente em sete países além do Brasil.
As primeiras informações apontam que a mutação teria uma capacidade maior de disseminação, mas estudos ainda estão sendo realizados em diversos locais do mundo para confirmar a informação.
A Colômbia é um dos países mais afetados pela pandemia de coronavírus Sars-CoV-2 no mundo, sendo o 11º na maior quantidade de casos detectados (2.055.305), e o 12º na quantidade de mortes (52.523), segundo informa a Universidade Johns Hopkins.