Na região austríaca do Tirol, onde ocorre o maior surto de casos com a variante sul-africana do novo coronavírus Sars-CoV-2, pelo menos seis pessoas foram infectadas com essa cepa, apesar de já terem testado positivo para a Covid-19 meses antes. A informação foi revelada nesta quarta-feira (17) pelas autoridades sanitárias da Áustria.
De acordo com o chefe da força-tarefa anti-Covid, Elmar Rizzoli, os pacientes foram contaminados com o Sars-CoV-2 pela primeira vez entre o final de setembro e o início de novembro e foram diagnosticados com a mutação sul-africana nas últimas seis semanas.
"Em todos os seis casos, o curso da segunda infecção foi ou é leve", explicou Rizzoli à agência austríaca APA. Todos os pacientes foram submetidos a novos testes, que identificaram a mutação B.1.351 do vírus, registrada pela primeira vez na África do Sul.
Ao todo, a Áustria acumula 343 casos confirmados da cepa sul-africana e 192 infecções suspeitas, sendo que 60% dizem respeito ao distrito de Schwaz, um município a cerca de 20 quilômetros da capital Innsbruck.
Nos últimos dias, as autoridades austríacas adotaram uma série de medidas para limitar a propagação da variante sul-africana, incluindo a exigência de um teste negativo de coronavírus realizado nas últimas 48 horas para viajantes que desejam cruzar a fronteira do país. Os controles para a entrada de procedentes da Itália, inclusive, provocaram um enorme engarrafamento na região. Ao todo, 70 mil pessoas foram controladas pela polícia e pelo Exército.