O Ministério da Saúde decidiu que não vai mais divulgar a previsão de doses que espera receber a cada mês dos imunizantes contra a Covid-19. O ministério argumenta que esses dados devem ser coletados, agora, diretamente com os fabricantes, e que não vai mais torná-los públicos. A mudança foi confirmada ao jornal 'Estadão' pela própria pasta.
O governo federal está sob pressão para ampliar o ritmo de vacinação em todo o país. Algumas cidades já interromperam a campanha de imunização por falta de imunizantes. Cidades como Belo Horizonte e o Distrito Federal já tiveram que interromper suas campanhas por falta de vacinas.
Pela previsão de fevereiro, o Brasil encerraria o mês de março com 68 milhões de imunizantes distribuídos. Segundo dados dessa quinta-feira (8), porém, foram entregues 45,2 milhões de doses.
Os principais acordos do Brasil são com o Instituto Butantan e Fiocruz, que entregam a CoronaVac e vacina de Oxford/AstraZeneca. A produção desses laboratórios depende, principalmente, da entrega de insumos, que vem do exterior, ao país.
O Butantan afirmou que vai entregar ao governo federal 46 milhões de vacinas até o fim deste mês, somando o volume já distribuído (38,2 milhões). Já a Fiocruz espera enviar 26,5 milhões de vacinas até o começo de maio.