Sofrendo com problemas para garantir novas remessas de vacinas
e até mesmo de insumos, o Brasil voltou a repetir no mês de abril um cenário visto ao longo de fevereiro, quando aplicou mais vezes a segunda dose de imunizantes na população do que a primeira.
Segundo levantamento realizando pelo portal Uol, com base nas informações fornecidas pelas secretarias estaduais de Saúde, os dias 16, 17, 19 e 20 de abril registraram maiores aplicações da segunda dose do que da primeira em todo o país, algo que havia acontecido pela última vez no dia 26 de fevereiro, quando o governo ainda enfrentava dificuldades para garantir acordos de compra de vacinas e dependia da CoronaVac , da chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, para garantir 80% da distribuição.
Tal análise mostra a dificuldade do governo para avançar no programa de vacinação e garantir que mais pessoas sejam incluídas no processo, uma vez que o ato de ministrar segundas doses dos imunizantes, apesar de garantir a proteção completa esperada contra a Covid-19, evita que outros recebam a primeira dosagem.
Os últimos informes técnicos do Ministério da Saúde tem revelado que esta decisão, da opção pela 2ª dose, tem sido marca da pasta exatamente pela pouca quantidade de imunizantes até o momento. Tal situação só deve ser resolvida nos próximos meses, quando novas remessas chegarem ao país e novas vacinas receberem autorização de uso por parte da Anvisa.
De acordo com dados da pasta, foram distribuídas até o momento mais de 53 milhões de doses, das quais pouco menos de 40 milhões já foram aplicadas até o dia 22 de abril, conforme revela a publicação. A expectativa agora é pela inclusão da vacina da Pfizer, a terceira aprovada, que deve começar no próximo mês de maio.