Aldeia em que indígenas tiveram Covid-19 na Grande BH recebe doses de vacina
Pedro Contijo/Imprensa MG
Aldeia em que indígenas tiveram Covid-19 na Grande BH recebe doses de vacina

Com a imunização de 88,72% da população indígena com a segunda dose no estado, Minas Gerais viu despencar o número de mortes pela Covid-19 em aldeias. O dado percentual é da Secretaria Estadual de Saúde, que também informa que 95,35% das 7.472 pessoas deste público já foram imunizadas com a primeira dose. As informações são do G1 Minas.

A alta cobertura de imunização fez as mortes de indígenas em várias regiões caírem. Ao todo, Minas Gerais possui 85 aldeias espalhadas por 19 cidades, sendo que algumas delas já deixaram de registrar óbitos.

Um dos casos de sucesso é de três aldeias de indígenas Kaxixó, uma na cidade de Martinho Campos e as outras duas em Pompéu .

"Já completamos 90 dias desde a primeira aplicação. Desde então não tivemos novos casos", disse Otávio Kaxixó, uma das jovens lideranças da tribo, que também é estudante de medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

São 32 famílias de indígenas da etnia que vivem nas três aldeias, cerca de 100 pessoas. Antes da vacina, 14 pessoas foram contaminadas.

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De acordo com a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, 663 indígenas que vivem em territórios entre os estados de Minas Gerais e do Espírito Santo tiveram Covid-19. Seis delas morreram.

"Quase metade da aldeia aqui ficou doente com Covid", disse o cacique Arakuã Pataxó, da aldeia Naô Xohã em São Joaquim de Bicas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Dos 52 indígenas que vivem no local, cerca de 20 pessoas tiveram a doença.

Depois do início da vacinação, os casos graves diminuíram. “Só casos de sintomas leves agora", completou o cacique.

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