Dois medicamentos comercializados no Brasil
para tratar a diabetes tipo 2
também são eficazes para quem deseja perder peso. Segundo pesquisas e estudos, a liraglutida,
que tem o nome comercial Victoza, e a semaglutida,
com nome comercial Ozempic, se provaram importantes remédios para quem quer fugir dos tradicionais emagrecedores. As informações foram publicadas pela revista 'Veja'.
Quando chegou ao Brasil, há dez anos, a liraglutida era restrita apenas ao uso pelos diabéticos, mas logo se popularizou para as pessoas que queriam perder peso. O estoque inicial, previsto para durar apenas um mês, foi vendido em apenas uma semana. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) chegou a declarar que "o uso do produto para qualquer outra finalidade além do antidiabético caracteriza elevado risco sanitário para a saúde da população".
Porém, após o remédio se popularizar e as polêmicas aumentarem, diversos estudos científicos
foram feitos com o intuito de verificar a viabilidade do remédio e seus efeitos. Ficou comprovado que o medicamento tinham baixo risco para pessoas não diabéticas e sua eficácia na luta contra o sobrepeso.
Neste ano de 2021, o remédio se tornou a substância mais prescrita nos consultórios particulares de endocrinologia. A liraglutida "imita" no organismo um hormônio chamado GLP-1, que é ligado à produção de insulina e à sensação de saciedade. A pessoa passa a ter menos fome conforme usa a substância.
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Outro fator a favor do remédio é sua boa recepção no organismo. Isso porque, dos 40 milhões de brasileiros na batalha contra os quilos a mais, 16 milhões não conseguem perder peso apenas com mudanças no estilo de vida.
Desse grupo, metade apresenta alguma restrição ao clássico arsenal químico disponível, as anfetaminas e a sibutramina, que atuam no sistema nervoso central.
No início deste ano, um segundo remédio antidiabético, que já vinha sendo aplicado no Brasil, a semaglutida (nome comercial Ozempic) comprovou ter efeito semelhante a liraglutida em um estudo publicado na reputada revista 'The New England Journal of Medicine'.
Em média, de acordo com as pesquisas feitas, a perda de gordura proporcionada pelas novas drogas gira em torno de 15% do peso inicial ao longo de um ano, taxa 40% superior ao que se vai com recursos habituais.
Diferente das anfetaminas, ambos os medicamentos são isentos de prescrição médica. Mas, vale ressaltar, é sempre indispensável procurar um médico especializado e não praticar a automedicação.