A Justiça Federal de São Paulo
proibiu, na noite de desta quinta-feira (29), que a Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom),
pasta do governo federal, faça campanhas defendendo o tratamento precoce contra a Covid-19
ou promova o uso de remédicos sem comprovação científica,
conhecido como kit covid. As informações foram publicadas pelo portal UOL.
A liminar foi expedida pela juíza Ana Lucia Petri Betto e também obriga a retratação pública de quatro influenciadores contratados pelo governo para defender o "atendimento precoce" em suas redes sociais.
"A SECOM se abstenha de patrocinar ações publicitárias, por qualquer meio que seja, que contenham referências, diretas ou indiretas, a medicamentos sem eficácia comprovada contra a covid-19, especialmente com expressões como 'tratamento precoce' ou 'kit-covid' ou congêneres", escreveu a juiza na decisão.
Segundo a decisão, "os influenciadores
arrolados no polo passivo, no prazo de 48 horas da intimação, publiquem, em seus perfis oficiais, mensagem de esclarecimento, indicando que não endossam a utilização de medicamentos sem eficácia comprovada".
Segundo a magistrada que proferiu a decisão, as campanhas publicitárias do governo devem "ser pautadas" por "clareza e transparência" e que, "no mínimo, a ação publicitária com os influenciadores tem o potencial de induzir em erro".
Segundo ela também, o governo federal, apesar de negar, participou do processo.