Governadores defendem ampliar imunização com vacinas da Sinopharm e Sputnik V
Divulgação/Sputnik Vaccine
Governadores defendem ampliar imunização com vacinas da Sinopharm e Sputnik V

Diante da escassez de doses e do recrudescimento da pandemia, governadores defenderam o uso dos imunizantes da Sinopharm e Sputnik V para elevar as taxas de vacinação em todo o Brasil. Se aprovados no país, a compra poderia ser realizada por estados e municípios. Além disso, também expuseram as dificuldades para enfrentar a pandemia, como a falta de recursos, de medicamentos e de leitos, em audiência da Comissão Temporária da Covid-19 nesta segunda-feira no Senado.

"Estamos dialogando com a Sinopharm. Eu próprio tenho, em nome do Consórcio da Amazônia, avançado e consideramos que qualquer alternativa de fabricação no território brasileiro é muito bem-vinda", afirmou o governador do Maranhão, Flávio Dino, que prevê a volta às aulas presenciais no estado no próximo mês.

Apesar das tratativas, nenhuma delas foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) até o momento. Por unanimidade, o órgão havia negado a importação da Sputnik V em abril, após apontar falhas. Novos documentos e pareceres já foram apresentados para uma reanálise. Quanto à Sinopharm, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou o uso emergencial do imunizante na última semana.

Após a fala do relator, o senador Wellington Fagundes (PL-MT), Dino também demonstrou apoio ao uso da indústria veterinária para produzir vacinas contra a Covid-19, já aprovada pelo Senado, e à quebra de patentes de vacinas, que já conta com a chancela do presidente norte-americano Joe Biden. Contrário à medida, o Brasil tem se posicionado a favor de uma “terceira via” junto à Organização Mundial do Comércio (OMC).

Para o presidente do Fórum de Governadores, Wellington Dias, a meta do Brasil deve ser se aproximar das taxas de imunização dos países desenvolvidos, já avançados nessa questão:

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"Pelo o que temos acertado, nós vamos chegar no mês de agosto com, aproximadamente, de 70 a 80 milhões de pessoas vacinadas. O ideal é chegar com mais ou menos 130 milhões de pessoas vacinadas. Então, nós temos que encontrar mais, aproximadamente, 100 milhões de doses (além) daquelas que estão colocadas", declarou o governador do Piauí.

Ao defender medidas preventivas, Dias rechaçou as aglomerações e os passeios de moto, sem máscara, que têm sido realizados pelo presidente Jair Bolsonaro, inclusive no último fim de semana.

"O maior desafio (...) é que nós possamos manter uma atitude vigilante para que tenhamos um meio-termo, ou seja, não um regime restritivo máximo, mas também não tenhamos um liberou-geral, porque pode nos condenar eternamente ao desenvolvimento de variantes e taxas de mortalidade que, hoje, são as maiores do mundo".

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