O secretário estadual de Saúde de São Paulo , Jean Gorinchteyn, disse que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) é a responsável pelo caso do brasileiro que chegou da Índia nesta semana e testou positivo para a variante indiana da Covid-19 . O passageiro retornou pelo Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos e foi diagnosticado quando já estava no Rio de Janeiro .
De acordo com Gorinchteyn, o passageiro já apresentava sintomas da doença e não deveria ter sido autorizado a circular livremente pelo aeroporto. A Anvisa , no entanto, disse que o viajante estava sem sintomas e teria apresentado um teste RT-PCR negativo para Covid-19 ao chegar no Brasil.
"Esse indivíduo não pode circular em áreas comuns, fazendo imigração, indo pegar mala com outros passageiros. Ele deve ser afastado, este teste [deve ser] realizado em local privado, para que, dessa forma, se vier positivo, todas as medidas de isolamento sejam realizadas", disse o secretário em entrevista à GloboNews
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De acordo com ele, a Anvisa, como "responsável pelos aeroportos" deve barrar passageiros com sintomas de Covid-19 ou que testem positivo para a doença. "Alguém que testa é alguém que merece ser e ter todos os cuidados de isolamento a serem tomados. Isso é uma prerrogativa de um ambiente que é gerenciado pela Anvisa. Portos e aeroportos, apesar de se localizarem nos estados, são de competência do governo federal, especificamente da Anvisa".
Anvisa respondeu
Por meio de nota, a Anvisa disse que este passageiro e mais 12 foram abordados antes imigração para apresentar o teste negativo para a doença, que deve ser realizado em, no máximo, 72 horas antes do voo, segundo a regra em vigor. Os dados desses passageiros foram enviados ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) nacional e local.
"Tanto no preenchimento da Declaração de Saúde do Viajante (DSV) quanto no Termo de Controle Sanitário, o viajante assume compromisso de quarentena em solo nacional, por ele ser passageiro proveniente da Índia ", disse. "Todos os requisitos migratórios foram cumpridos, o que autorizava a entrada do passageiro em questão no país."
Segundo a agência, o passageiro infectado decidiu fazer um novo exame no próprio Aeroporto de Guarulhos, mas ele não esperou sair o resultado e só ficou sabendo que havia dado positivo quando já estava no Rio de Janeiro. "A Anvisa foi informada do resultado positivo pelo laboratório privado, seguindo o fluxo de informações existentes para casos positivos, e informou as autoridades competentes para que monitorassem o viajante, o que é previsto no plano de contingência. Não há exigência de testes para embarques nacionais e não é competência da Anvisa o monitoramento de pessoas em trânsito entre estados e municípios", completou.